sábado, 28 de novembro de 2009

today...


..I feel GREEDY!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

sou tudo ou nada

não dá para viver pela metade, não sou eu. e esta é a última das últimas vezes que te escrevo, ou que escrevo para ti. sei que podes não ler, é óbvio que estou ciente disso, desde ontem. mas também me tornei ciente de muitas mais coisas que aconteceram ultimamente. sabes, é como se o pano tivesse caído, e é tal e qual o azeite a vir ao cimo da água: como a mentira ter perna curta, porque mais depressa apanhei o mentiroso do que a pessoa mais coxa do mundo. e ainda acredito que não vou encontrar ninguém coxo, nem mesmo sem uma perna, porque agora, eu comprei uns óculos! é uma lástima, ver que depois de tanto tempo, ainda não és maturo o suficiente para saber lidar com os teus erros, porque tu sabes que não cresceste com isto, como eu tenho crescido. não em tamanho, nem mesmo em questões de parvoíces, ou criançices. é como diz a minha mãe, "esta geração não sabe levar um 'não' " - mas parece que eu nasci há mais tempo, porque, de facto, eu tive de me contentar sempre com o 'talvez', que, por via das dúvidas, se tornou sempre em 'NÃO!'. talvez seja por isso que agora me contentava com um 'não' teu, e acho que não me revoltava nada se ouvisse um 'preciso de estar sozinho, deixa-me'. porque, para respeitar os outros, eu tive de aprender a respeitar-Me. e tu... tu não sabes como respeitar a tua dignidade, quanto mais respeitar a minha! não é como se fosse só eu quem importa, e sabes bem que isso é o mais falso dilema da tua cabeça nos últimos tempos.
se soubesses aproveitar tudo acerca do amor incondicional de que te falei, também teria sido conveniente dar ouvidos ao que eu disse sobre: 'eu amo-te, e para o nosso bem, agora devo afastar-me até tudo estabilizar. mas eu amo-te, não deixo de te amar, e percebe que se me afasto é por te amar pura e incondicionalmente'. levaste-me ao extremo, como eu nunca tinha experimentado. e então senti na pele, o que é a lágrima de deitar tudo a perder, e do que é querer não te amar.
podes culpar-me? 'não'. podes culpar-te? 'não'. mas a diferença é um relevo bastante inclinado em cima de ti: tu sabias, até bem de mais, que eu era, e, que sou da maneira que sou. assim, tão susana. as I ever knew myself.
escorreu tudo pelas nossas mãos, e para mim foi como viver a mentira perfeita, a mais bonita de sempre: mas ainda assim, foi esse o meu falso dilema. e eu provei o sabor da mais tenra revolta, quando a indignidade tomou conta de ti. é esse o teu problema, e por vezes o meu: lack of self-control. e se me estou a fazer entender, foi isso que eu quis quando te pedi para recuares meio passo, ou para me deixares sozinha comigo: e tu já não sabes como me deixar, porque agora não se trata de uma relação. isto, a que eu costumava chamar de 'sempre', tornou-se numa coisa a que eu chamo, habitualmente, de 'obcessão'. tua. se isto só nos deixa de rastos, e só faz tudo recuar mais que meio passo (pelo qual costumava implorar), e se todo o santo fim-de-semana não conseguimos estar bem um minuto que seja, what's the point?diz-me, a sério, porque eu não vejo um palmo à frente. tem piada até, quando eu queria dizer que com isto ficámos mais unidos: mas se não nos fez mais fortes, de certeza, foi porque nos matou, e foi violento.
de outra pessoa, eu conseguia esperar tudo o que veio de ti: as coisas más. de todos os demais, sem ser de ti, porque eras tu em quem eu confiava mais que ninguém. agora muda de cena, agora, posso desdenhar o mais falacioso dos mentirosos, e não encontro nenhum à tua altura: capaz de agir como tu decidiste.

e hoje é tudo, estou sem palavras para ti. é hoje, e sempre. quanto não fica por dizer, mal de mim.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

one for two

as she said: tough is something hard. i miss you.


p.s.:love you, d. like, forever.

sábado, 14 de novembro de 2009

there are no secrets except the secrets that keep themselves

(duas semanas atrás)
Mafra

Amor é perpétua repetição, familiaridade com carinho à mistura e muita bagunça de coração. Amamos o que conhecemos como benévolo e o que contínuo se desenrola nesta vida: a pele entranha-se; o cheiro transparece a roupa e o beijo inebria-se em ambos os lábios. Amamos, apenas, aquilo que conhecemos, porquanto, o que aprendemos a amar: para sempre. Amamos, o que connosco se identifica e o que a nós se acorrenta inerentemente. Sobretudo, a gente ama o que a gente cuida: é um corpo só que se habitua ao nosso, que funciona como encaixe perfeito ou molde. Nunca me dei à ousadia de acreditar em triviais coincidências, mas sei que ter-Te conhecido, não foi por mero acaso rotineiro - foi uma dádiva do destino (ou como queiras chamar-lhe). Não consigo fazer um só rewind, sem notar que a minha vida não se desenha na tua ausência, muito menos sem ti, meu refúgio.

Sei que o meu amor, é determinante possessivo e advérbio obcessivo na tua gramática: não quero vez alguma ter de te partilhar com áquem ou outrem: atormenta a teoria de que tudo pode ser eterno. Por medo de perder toda a nossa plenitude, é frequente o forró de escárnio e mal dizer: hábito em nós agora. MEDO, de um dia, vir a ter de descobrir que há coisas piores que ser deixada para trás: porque o fui, e é nisso que vou ter de me apoiar para ultrapassar a tua partida. Pode parecer cliché, ou novela mexicana, mas eu não temo em dizer-te a verdade que é tudo menos o que parece: tudo ia desabar se te desviasses o teu rasto do meu. Porque it wouldn't mean anything if you were gone.

Já para não dizer que a saudade corrosiva iria chegar, e eu teria de a aceitar como beijo de judas que não larga ao fraco: just like me...


continua (...)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

it's winding moments

"In the pain, there is healing;
In your name, i've found meaning."

Não posso parar o amanhã de me roubar todo o tempo. Sinto-me a tombar como um copo à beira da mesa, e pior, eu não tenho quem eu quero para me puxar de volta como se faz quando se dança o tango. Como se não bastasse, os meus olhos, agora, possuem um efeito desfocado: só consigo ver-te e só desejava ser-te de novo. Estou presa por um fio, ao último momento em que aqui estávamos a sorrir, por tudo e nada. Por qualquer coisa que se mostrasse feliz por nós. E ali ficávamos, à espera que a câmera daquele filme de cinema se afastasse, como sempre faz, e nos deixasse em casa, a rir para sempre: onde conseguiríamos sorrir para lá do que o público consegue assistir. Mal consigo respirar sem afagar a voz, porque a tua ausência dói mais que uma martelada no dedo. Dói, só. Ainda consigo ver o teu reflexo na minha janela, e do dia em que eu me segurei em ti como uma criança segura a mão dos pais. Posso ter-me esquecido do meu caminho, mas não de onde fica a minha verdadeira casa. Posso já não ter janelas por onde ver o sol, mas ainda sei onde ficaram as minhas quatro paredes. Mas será que sei se a minha casa ainda não cuspiu tudo o que lá deixei? Vem mais e mais vento, e eu fico presa por meia mão. Não há quem o faça parar, e não há nada que me faça deixar de voar. Será assim tão díficil agarrar-te?

Com tanto vento, nem sou mais capaz de ouvir as tuas palavras. Estou tão perdida, que nem noto que estou segura por um só dedo e prestes a cair, quando, ao longe, outros ventos se aproximam. É aqui e agora, ninguém outrora ouviu vento tão forte e feroz como o teu. Dói mais, é excruciável.

Consigo olhar para todos os dias em que o teu cheiro permaneceu na minha almofada sem medo de ficar mais cinco minutos, por já fazer escuro lá fora. É um fita que se desenrola ao longo da minha cabeça, e não parece acabar nunca. O dedo fugiu-me.

Já não tenho força para Te prender, quanto mais para Me prender a Ti.

"Letting go all I've held onto."

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

shots de fruta

lembro-me de todos os dias mais carregados desta vida: os que decidi sublinhar com caneta fluorescente.

A cor-de-rosa, passei por cima dos vinte e seis dias desde novembro do ano passado e sobre os dias repletos de risos que fazem latejar a barriga, quase como fazendo uma aula de educação física. Ainda pintei os dias em que brincava despreocupadamente com a minha melhor amiga, se é que posso ser ousada ao ponto de o fazer. Risquei, no bom sentido e com orgulho, os dias em que sabíamos brincar sem tanta complicação. Também lá estavam, pintados a cor de rosa mais escuro, os dias em que eu precisei de outras canetas para reescrever e começar-me de novo, como quando os tempos difíceis me davam as mãos sem vergonha na cara. Lembro-me de pintar a tinta permanente, e tão bem delineado, o sorriso que eu deixo voar quando é tão descontrolado e sincero.

A cor-de-rosa, é amor: é saudade também.

A verde, recordo-me de trespassar com lápis de cor todos os dias em que desesperei por fazer as pazes. Por um abraço, de tão pequeno que fosse, eu esperava com a caneta na mão direita. Confesso, que esperei tempo demais, quando, com a borracha preparada, não ouvi o tão aconchegante pedido de desculpas por que ansiava. Mas, sobretudo, eu preenchi letras a mais com este verde, e por não ser capaz de o apagar, limitei-me a deixar o tempo correr, acompanhado da fé que restava ao verde, cada vez mais mortal.

Foi o meu verde, de esperança: de amor despedaçado que senta e espera.

E restou-me o meu amarelo, com que sublinhei todas as sobras de tempo, que ocupo a distrair-me do verde que não foi tão bem usado; que não combinava. E foi a rir-me do cor-de-rosa que por vezes, de tão escasso que é, se torna preto, que pintei dentro das linhas todas as vezes em que uma piada qualquer me faz ganhar o dia. É aí que o meu amarelo entra a matar. Pinta tudo o que de cor nada tem, e isso.. isso, faz a tão valer a pena, viver sem borracha e corrector.


Porque se o amarelo não fosse tão espontâneo, nenhum cor-de-rosa ou verde valeria a pena.

E quando o preto da saudade não dá para sublinhar tão veemente como queríamos?