terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Saudade
é receber a quarta nota, em sete, e só me apetecer abraçar a minha avó, aos saltos. Sei tão bem o que ela me ia dizer. O valor que ia dar ao que eu trabalhei, e às notas que, ainda assim, vão sendo as melhores. Mas ela não está aqui para me olhar com aquele brilho nos olhos, para me dizer que um dia vou ser o que eu quero e para nunca desistir. Eu sei, eu sei exactamente o que ela me ia dizer. Por isso é que continuo nesta estrada, a passar descalça por cima dos buracos. Por saber que ela me está a ver, no canto da minha vida, e a dar uma ajuda. Saudade é isto. E abraçá-la mentalmente, enquanto digo obrigada mil vezes, aos saltos. E sabe-me pela vida, parar assim, no meio dos meus dias tão atarefados e sentir que me posso encontrar outra vez. Em casa. Sempre.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Sumoterapia
De há dois meses para cá, que enquanto divagava num blog qualquer, dei de caras com os sumos feitos em casa. Já conhecia pessoas que os faziam, mas achava-me demasiado ocupada para adoptar um estilo de alimentação que os incluísse. Desde que corro, que sou fã de ir beber uma mistura de energia ao Sumo Pontífice - a pequena maravilha que abriu no centro comercial mais perto de mim - antes de começar a trotear os meus quilómetros. Mas acontece que o preço faz doer os olhos. Por muito que eu ame aquela loja de sumos, não consigo deixar de derramar uma lágrima quando troco a minha nota de cinco euros por um sumo. Sumo esse, que podia perfeitamente sair-me ao preço da chuva, se o fizesse em casa. Vai daí que comecei a comprar os ingredientes e a tentar criar as minhas misturas (ok, confesso que tirei fotografias dos menus da loja para me inspirar, mas pela vida saudável devo estar perdoada). Iniciei-me pelos verdes. Os tão falados Green Smoothies, que tanta gente deixam com cara de que horror, não sei como consegues beber isso. Espinafres, bananas (é isto que corta o sabor dos espinafres, fiquem já a saber, pessoas enojadas), laranja, manga, sementes e feito, não demora nada. Depois, fiz vermelhos. E cor-de-laranja. E castanhos (já falei da cara de nojo das pessoas, não já?), quando me apetecia misturar espinafres com frutos vermelhos. Pelo caminho ainda converti algumas mentes abertas a esta seita, e agora até me chateiam a pedir receitas. Eu cá, continuo nisto, ainda não morri com a cor dos sumos, e estou a adorar. Já não passo um dia sem beber um, pelo menos ao pequeno almoço e ao jantar. Ou como pequeno almoço e como jantar. Bebo um antes das corridas, para cumprir o ritual, e tenho a dizer que me sinto melhor. Claro que isto não substitui as refeições (agora saudáveis, visto que a época de tortura com os exames acabou), mas ajudam muito a quem, como eu, estiver a precisar de voltar às rotinas. Já para não falar da minha pele, dos gramas a mais perdidos e (sim, é verdade!) da boa disposição com que ando sempre, até depois de fazer duas directas seguidas. Por isto, e por todos os outros benefícios que ainda não descobri, deixem-se de nojos, de preguiças, de cabeças fechadas e comecem hoje. É que isto vicia, mas não podia estar mais orgulhosa deste vicio.
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