segunda-feira, 26 de novembro de 2012

5 months sober

Sabes aquelas fichas que dão nas reuniões dos alcoólicos anónimos, que dizem há quanto tempo é que as pessoas estão sóbrias? É, eu acho que já merecia uma dessas. E, se calhar, tu também. Quase todos os dias (cada vez menos) me pergunto como é que já pudemos ser tão próximos. Como é que já sobrevivemos a quase meio ano de afastamento, quando antes nem um dia era suportável. Há coisas que nunca vou perceber, mas acho que conseguimos, finalmente, ter um clique os dois ao mesmo tempo. Deixar de andar atrás de uma coisa que não podia funcionar. Gostar não chegava. Dizem que as coisas que têm tudo para resultar, não resultam. E eu acredito. Porque nós tínhamos tudo o que qualquer relação precisava. O problema é que eram só os ingredientes - nunca os soubemos misturar muito bem, na verdade. Custou-me muito refazer a minha vida sem ti. Foi difícil. Precisei muito das outras pessoas, tive recaídas, agarrei-me a coisas que nunca pensei que podiam ser verdade. Mas foram. Fiz o que nunca tinha feito, sem pensar em nada. Era uma espécie de dormência, o mundo em que eu vivia. E, ao contrário do que dizem, o início não foi a parte pior. Os dias mais penosos, aqueles em que me sentia completamente deslocada da minha vida, foram agora, perto dos últimos tempos que passei a pensar nisto tudo. Esses, ou aqueles dias em que decidiste voltar à minha vida. O momento em que dei um passo gigante atrás, depois de desbravar tanto caminho em frente. Mas percebi que, por muito que as pessoas me aconselhem e me digam o que fazer, vou ser sempre eu a escolher. A controlar a minha vida, a ter opções sem ser ficar agarrada ao que não me faz feliz. E escolhi. Se me ri por dentro no minuto em que voltaste? Claro que sim, quem é que não se ria? Só que aí, já eu estava diferente. Olhei para trás e parecia que nada se tinha alterado. Que era a mesma pessoa, que tinha os mesmos amigos, os mesmos hábitos, as mesmas manias. Mas, infelizmente, era mesmo só isso. Porque o que estava cá dentro tinha mudado - e sem eu me aperceber. Ao princípio toda eu era uma grande dúvida. Porque é que voltaste? Para quê, agora que segui com a minha vida? Qual é que é o propósito disto? Agora já sei. Tiveste que voltar, para eu perceber que já não podia pensar mais nisto. E esse... esse foi o dia em que me senti a pessoa mais livre do mundo. Desde esse momento que são raros os minutos em que penso em ti. Já não fico com borboletas à porta dos olhos nem com lágrimas no estômago quando desço a tua rua. Passaste a ser uma pessoa que conheci, um dia, e que foi muito importante num certo tempo - mas que já não é. Agora somos dois seres humanos no mesmo mundo, que já estiveram à distância de um abraço, mas que agora mal se identificam. É triste, muito triste. E só de pensar que os nossos nomes já existiram juntos, faz-me uma certa confusão. Percebes? É que mesmo sabendo que podia ter feito muita coisa melhor, que me arrependo do que ignorei, que me revejo nas minhas amigas a correrem atrás dos amores das suas vidas - como eu fiz por ti -, e lembrando-me de tudo o que diz respeito à nossa existência, eu sei que estou no meu caminho outra vez. Porque apesar de hoje fazerem quatro anos desde que me viciei em ti, também é dia de dizer que estou, finalmente, curada. Afinal não preciso de nenhuma ficha pirosa com uma frase estúpida para saber que estou feliz agora. E saber que tu também estás - com outra pessoa e o teu novo mundo -, já só me traz cinco minutos de desconforto, seguidos de um grande sorriso e de um "espero que resulte". Take care now.

Reparei hoje

A única coisa diferente, é que agora vestimos roupa de Inverno.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Os copos de Natal

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chegaram. E como eu os adoro.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

I'm living my life

TAKE CHANCES. TELL THE TRUTH. DATE SOMEONE TOTALLY WRONG FOR YOU. SAY NO. SPEND ALL YOUR CASH. GET TO KNOW SOMEONE RANDOM. BE RANDOM. SAY I LOVE YOU. SING OUT LOUD. LAUGH AT STUPID JOKES. CRY. APOLOGIZE. TELL SOMEONE HOW MUCH THEY MEAN TO YOU. TELL A JERK WHAT YOU THINK. LAUGH TILL YOUR STOMACH HURTS. REGRET NOTHING.

domingo, 18 de novembro de 2012

Tenho sempre razão


Um dia

ainda hei-de descobrir que raio de poderes é que tenho para adivinhar quando é que uma pessoa me volta a falar. É que uma vez trata-se por coincidência, mas duas ou três já é caso para desconfiar. Pena é que venham sempre fora do prazo. Ironias.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Tenho medo. De baixar as defesas, de permitir o que nunca permiti. De tomar a iniciativa e de ir contra a parede a uma velocidade estonteante. Não quero criar expectativas. Gosto do que faço sempre, de bloquear a imaginação e ir deixando andar. De saber que se contar a alguém não vai acontecer. Sou sempre assim, tão cheia de barreiras. E não quero mudar. Mas por este andar, a coragem fica sempre em casa, a ceder o lugar às decisões dos outros - tudo, menos minhas. Um dia hei-de saber o luxo que é poder-me magoar. Talvez.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Nem mais


- O problema é que estou farta destas coisas, para mim quando tudo corre mal é porque estou a fazer algo errado. E eu ainda nao percebi o que é. Já tentei mudar tudo, juro.
- Que maneira tão ingénua de ver a vida. Vais acabar por perceber que não é por mudares tu, que fazes as outras pessoas mudar.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O que eu queria agora

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era deitar-me no meu lugar do sofá grande, com a minha manta fofa, e ver o desfile da Victoria's Secret (enquanto me lamuriava da amigdalite que se instalou em mim, e me lembrava que vou ter de ir trabalhar na mesma). Mas não. Diz que há muita coisa por estudar, e este ano não existe a velha desculpa do "não tive tempo". Por isso, é melhor agarrar-me aos livros e deixar os desfiles para outro dia.

sábado, 3 de novembro de 2012

Abre os olhos

- Mas ele fez coisas que mais ninguém vai fazer, e eu não sei se posso viver sem elas.
- Podes. Sempre pudeste. Ninguém faz o que ele fez, aquilo foi uma coisa que aconteceu, vinda de uma pessoa que era daquela maneira. Normalmente, as coisas não funcionam assim.
- É por isso que estou mal habituada. Acho que já não sei lutar pelo que eu quero, porque me acostumei a ter tudo o que precisava. 
- Sim. E é por isso que vais ter que perceber os pequenos gestos dos outros, os detalhes não-tão-grandes-nem-exagerados como os de antes. E esforçar-te, sem ter medo de não saires por cima. Sem medo de viver.

Aproveitar a primeira folga

para correr 9 quilómetros. À chuva. Sem água. Longe de casa. Com vontade de desistir e mandar tudo pelos ares. Mas acabar, e não poder sentir-me mais realizada.