segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2012

Tumblr_mfwesasutk1ro438xo1_400_large
começou bem. Ou pelo menos, era o que eu pensava. A lista dos desejos estava feita, e em vez de passas pedi-os às estrelas, no meio das pessoas que mais gosto, em plena praia (a minha melhor casa). Acabava de sair de mais uma das mil e quinhentas discussões que já achava normal fazerem parte da minha vida - sim, aquilo a que eu e o meu ex-namorado chamávamos de relação. A minha avó estava no hospital, e ainda batia três vezes na madeira cada vez que pensava que ela podia ficar pior no ano que aí vinha. Tinha exame de anatomia três dias depois. Estava a meio da carta. Não discutia muito com os meus pais. A minha cadela tinha acabado de fazer um ano. Pode-se dizer que muito pouco, ou nada, mudou nos primeiros meses deste ano. Continuei a discutir. A ir visitar a minha avó a toda a hora. Os meus pais continuavam os mesmos. O exame de anatomia correu bem e só deixei uma cadeira para trás. A minha cadela continuava a ter um ano e pouco. E eu? Eu estava feliz. Apesar de todas as lutas, de já não saber o que era amar aquela pessoa, ou de já não me lembrar o que era ter a pessoa que eu mais gosto no mundo a tomar conta de mim. Mas, como sempre, tudo tinha de mudar. Faz parte, é a vidinha. Dizem que sabemos sempre quando é que tudo se transformou, o exacto momento em que tudo mudou. Há uns tempos isto não fazia sentido nenhum, só que agora sei exactamente quando foi. A partir de Abril, dei uma volta de 180º e fiquei de cabeça para baixo. Perdi três pessoas. Umas há mais tempo que outras, mas só a partir daquele mês é que percebi que há coisas que simplesmente não podem ser como queremos. Recebi a pior chamada da minha vida, fui a um funeral e tinha um buraco gigante dentro de mim. Acho que toda eu fui um buraco durante o tempo que se seguiu. Ainda sou. Mas como coisas más também trazem algumas menos más, a falta que a minha avó me fez, só me deixou ainda mais próxima da minha família. Nunca pensei, que gente tão diferente se fosse continuar a juntar quando já não havia mais motivo para isso. Milagres acontecem, e ainda hoje eu sei quem me salva de todos os problemas em que me meto ultimamente. Passado o impacto inicial que isto teve, foi a vez de acabar com a minha primeira e única relação. E saber o que é ficar sozinha. Conhecer pessoas novas, ver o mundo sem ser a namorada dele. Ser eu, e não precisar de mais ninguém que  me defina. Eu sou tão forte. Achava que não ia sobreviver, que nada ia ficar melhor, que não ia saber passar sem as duas pessoas mais importantes da minha vida. Mas passei, sobrevivi, e estou aqui para contar. Depois destes dois meteoritos que embateram na minha rota, este só podia ser o pior ano de sempre, desde que existo. E foi. Fiquei sem o meu sítio preferido, para onde corria sempre que tudo estava a correr mal. Ou sem a pessoa que fazia daquele o meu sítio preferido, que ele continuava lá. Dormir naquela casa sozinha pela primeira vez foi das coisas mais horríveis que já tive de fazer. E aí tive ainda mais a certeza de que tenho os melhores amigos do mundo, que me foram buscar naquela noite. Que me trouxeram para casa depois das saídas, que me apanharam quando caí. Estava completamente por minha conta. E como se já não bastasse, depois de sair daquele desgosto amoroso, meti-me noutro que não era bem desgosto, mas que me deixou duplamente destroçada. Comecei a discutir com os meus pais. Eles, que não se falavam há anos, começaram a discutir. Tirei a carta. Saí de casa a meio da noite. As minhas amigas dizem que me libertei. Talvez as coisas más me tenham ajudado a largar tudo. They say that when you lose everything, you are free to do anything. E pronto, o meu 2012 foi baseado em perder pessoas, discutir, chorar. Libertar-me, conhecer-me melhor. Foi o ano de ser forte, de ficar mais forte. Aconteceram coisas más, é certo. Mas quando é que elas não acontecem? E além do mais, tive tantas coisas boas. A pessoa que me fez bem, que me ajudou a decidir (que eu sei que foi por isso que me vi livre de uma coisa que já não me deixava feliz), que antes me deu o segundo desgosto do ano, voltou. Arranjei um trabalho. A minha melhor amiga está feliz com namorado, e eu estou tão feliz por ela. Tenho um carro. Sou mais feliz e sortuda que muita gente, e isso nos dias que correm é uma dádiva, meus amigos. Vou passar o ultimo dia do ano a trabalhar, mas logo corro para quem me faz bem, e espera-me uma noite bonita. Já li o livro dos signos, e parece que desta vez é que vai ser. 2013, bring it on.

Passo a explicar

Como as pessoas normais vêem os saldos:

Tumblr_m8r7qph3011rr3i02o1_400_large
Como eu vejo os saldos:
Tumblr_mdbzxyguu11qdysumo1_500_large

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Este Natal...

... vamos dar abraços gigantes e presentes pequenos!

sábado, 22 de dezembro de 2012

Shopping season

380667_493827913990851_921848530_n_large
Com as aulas acabadas, o ordenado (generoso) na conta, as melhores companhias e um copo de chocolate quente na mão. Que a loucura comece (sim, que ando cheia de paciência para centros comerciais, agora que passo todas as noites enfiada num - mas pelo natal, tudo)!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Já passaram oito meses

e eu ainda não acredito bem que aconteceu. Que aquele domingo do mês de Abril - o pior domingo de sempre - se passou mesmo. Ainda choro muitas vezes. De dia. De noite. Principalmente, quando queria partilhar alguma coisa que sei que a ia fazer sorrir. E a mim, oh se ia. Sinto tanta falta dela. Mas no dia em que o coração me subiu à boca, naquele microfone, enquanto lia os poemas que vêm agora ao mundo no seu livro, eu sabia que ela estava feliz. Porque conseguiu fazer com que aquele público vibrasse com as palavras que outrora não tivera coragem de publicar. E foi um orgulho gigante, poder ser eu a representar isso. E por muito triste que ainda esteja - acho que nunca vou deixar de estar -, por muito que esta minha vida pareça uma dormência desde que ela se foi embora, nós continuamos a ter os nossos segredos, as nossas orações e as magias que sempre partilhámos. A vida é diferente agora, mais estranha. Parece que foi ontem que me abracei ao seu avental velhinho e conseguia cheirar o perfume que tanto adorava. Ainda cheiro, em todo o lado. E sei que, onde quer que ela esteja, está sempre a olhar por mim. Nem que seja só para me salvar dos meus sarilhos e guiar-me para o sítio onde eu tenho de chegar. É que ela podia achar os meus sonhos demasiado raros, talvez ousados, mas nunca deixou de me fazer acreditar que um dia eles se iam materializar. É esta, a nossa magia.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Levar um tirinho

devia ser melhor que trabalhar seis dias seguidos, que ter teste às oito depois de sair à uma da manhã ou de ter tudo para entregar na última semana de aulas. E com este tempo ainda me dá mais vontade. Bonito.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Para a próxima vez que for às compras

Porque é que nunca tenho Chocapics em casa? Porque como duas caixas em três dias e magoam-me as gengivas. E é isto.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Uma tortura boa

Tumblr_meulflixn11rug6fpo1_500_large
Enquanto lia este blog, encontrei um post que dizia:

"A tortura"

Se quiserem uma prova do meu amor, é pedirem-me um favor que envolva ir à Abercrombie. Se eu for, é porque gosto mesmo muito de quem pediu.

e já percebi quem é que gosta mesmo de mim (ah ah). Eu sou o oposto, e ando constantemente à espera que alguém me peça para lá ir. Sempre é mais uma desculpa que posso dar aos meus pais quando formos viajar, para os obrigar a entrar. Este ano estou lá outra vez (cheia de encomendas, como eu gosto), e já se está mesmo a ver onde é que vai parar o meu ordenado deste mês.

Gosto

de conduzir ás sete da manhã. De pôr as músicas do telemóvel o mais alto que consigo. De cantar aos gritos, correndo o risco de parecer uma louca. Gosto de semanas preenchidas. Principalmente se tiver que ir de carro. Transformar os bancos de trás num armário e de poder trazer tudo atrás de mim. Poder beber o meu café enquanto faço uma das coisas que mais adoro. Gosto da minha liberdade, mesmo que nem sempre seja total. Gosto disto.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Eu e os outros

Sempre que tenho de tomar uma decisão, peço a opinião a meio mundo. Conto mil e quinhentas vezes a mesma história, a mil e quinhentas pessoas diferentes. Repito as mesmas frases. Oiço disparates. Raspanetes. Coisas tão diferentes umas das outras. Há quem diga que estou a ser burra na minha vida. A deixar-me guiar pelo que os outros dizem. Deixando, assim, que alguém que não eu decida o que vou fazer. Mas isso não é verdade. De todo. Porque o que interessa, é que acabo sempre a fazer o que eu quero. Posso ouvir todos os conselhos, experiências ou opiniões. Só que no fim... no fim sou eu quem escolhe. É isso que ninguém percebe - que pedir opiniões, eu vou sempre pedir. A diferença reside no momento em que opto por uma porta em vez de outra, por dizer que sim quando toda a gente me ofereceu um não. Eu é que sei. Mesmo que a minha cabeça se torne num verdadeiro dilúvio de pontos de interrogação por não saber o que está certo. Afinal o que está certo, é o que acaba por acontecer, não é?

domingo, 9 de dezembro de 2012

4 a.m.

Eu de pijama, tu de fato. Meia hora -  que pareceu um ano - naquela conversa de escada. Porque é que todos os teus convites, que aceito na esperança de que corram mal, acabam por ser perfeitos?

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Não é?

Se sobrevivi bem sem ti antes, agora se te fosses embora outra vez ia acontecer o mesmo. Tinha de acontecer o mesmo.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Faz hoje um mês

Fashion-style-stylish-outfit-girl-favim.com-569128_large
que comecei a trabalhar numa loja de roupa. E, parecendo que não, este tempo chegou-me para perceber e aprender algumas coisinhas, que passo então a enunciar:
- aprendi que as pessoas conseguem ser verdadeiros demónios da desarrumação (NUNCA mais desarrumo nada numa loja);
- irritei-me mil e quinhentas vezes com criancinhas aos berros, a passarem que nem vendavais ao pé das coisas arrumadas;
- tive imensa preguiça de procurar certas coisas, e quase estive para dizer que não existia nada do que a pessoa procurava (sem sequer ir ver);
- decorei de tal maneira o cd que é posto a tocar, que até já sei ver as horas pela música que dá;
- percebi que nem sempre o mundo das mulheres que trabalham em conjunto é fácil, mas também aprendi a não me meter em nada;
- fartei-me de tal maneira de ver roupa à frente, que já não faço compras há um mês (os meus pais estão a adorar esta);
- apercebi-me de que trabalhar ao fim do dia tem um incrível poder de perda de peso (acho que mais um mês e desapareço);
- treinei (até à perfeição) fazer um olhar ameaçador para mandar às pessoas que pensam que estão na feira e que eu tenho "escrava" escrito na testa;
-assisti a um assalto, e sinceramente não percebo como é que há pessoas que ainda roubam num sítio que está praticamente todo alarmado;
- é cansativo, isto de andar de um lado para o outro quatro horas seguidas (às vezes mais que isso), e dei por mim a usar meias de descanso (não digo mais mal das velhinhas);
- por fim, e como nem tudo é mau, cresci um bocadinho e já conheci pessoas que me surpreenderam, apesar de não esperar nada delas.

Surprise!