segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

little things #16

que bom que é chegar ao fim do dia e reparar que, muito ao de leve, o perfume que mais gostamos ainda está entranhado nas roupas, no cabelo e no mundo à nossa volta.

7 things

aqui a Rita lembrou-se de me dar este selo, e eu muito lhe agradeço. diz que agora tenho de enunciar sete coisas (que talvez ninguém saiba) sobre mim. ora então, aqui vão elas:

1. bebo leite para o crescimento (sabe bem, que só ele);
2. já comprei coisas usadas;
3. vejo as calorias de toda a santa comida que ruma à minha boca;
4. já li quatro livros ao mesmo tempo;
5. quando vou às compras só consigo escolher alguma coisa na segunda volta às lojas;
6. sopa é o meu prato preferido;
7. gosto de música espanhola.

E quanto a vocês, considerem-te todos convidados a aceitar este pequeno presente.

a minha nova melhor amiga

que espera por mim todo o dia, em casa, bem quieta e adormecida no seu recanto, em frente à televisão. nunca se cansa de mim, pobre coitada, acho que me canso mais eu dela que de outra coisa qualquer. mas não te apoquentes, amiga, que isto agora vais ter companhia todas as tardes. é remar até não poder mais, se esperares por mim, claro.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

hoje

é noite de óscares.

para ver e viver #6

não esperava um filme tão bom, ainda que tudo se passe à volta do discurso do rei. muitos óscares, com certeza.

boa tarde

sábado, 26 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

de efeitos contrários

há lá coisa melhor que comer como se não houvesse amanhã, e ainda emagrecer. é rezar para que não acabe.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

memorial #1

"Porque o que a pele esconde nunca é bom de ver-se."

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

todas as manhãs, quando já estou pronta, vestida, ataviada e devidamente aperaltada, vou para a cozinha. olho para a janela e deixo entrar uma pequena parte do frio que até então estava preso lá fora. ligo a máquina do café, e enquanto espero que a água aqueça, olho mais uma vez para o relógio, é melhor despachares-te ou perdes o autocarro, trato de ir buscar a chávena mais gorda deixando a porta do armário aberta, santo é o dia em que não bato lá com a cabeça, raios que isto dói como tudo. chego ao leite, encho a chávena e lá fica, a girar um minuto no microondas, mais outro que espera que a água aqueça. a água aquece, o leite está pronto, é ir buscar a cápsula e tirar um café cheio, deitar o leite no termo e fazer o mesmo com o café. e eis que está pronto, o leite abraça-se ao café e deixa só um desenho estranho ao de cima, quero espuma, não, hoje não me apetece, já me basta a que se forma na minha cabeça quando acordo a horas indecentes. é isto todos os dias, às vezes com baunilha e açúcar, outras vezes amargo. acho que vou começar a intercalar isto com chá, apesar de saber que um café no caminho me faz acordar e de ainda ter a (falsa) esperança de que beber o leite todo ainda me vai ajudar a crescer mais um centímetro. vou ter é de trocar mais vezes o rótulo ao termo, ou talvez personalizá-lo com alguma coisa que dê para os dois lados. manhãs diferentes, é o que se precisa.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

de modos que

agora, o meu cabelo está assim, tanto no que toca à cor, feitio e comprimento. só que assim um nadinha mais direito.

ai

o que este filme me fez lembrar das saudades que tenho do Prison Break. um daqueles obrigatórios, que não deixam descolar os olhos.

não cura


"And it doesn't matter how many new haircuts you get, or gyms you join, or how many glasses of chardonnay you drink with your girlfriends... you still go to bed every night going over every detail and wonder what you did wrong or how you could have misunderstood."

mas sempre ajuda ter alguém, que nos vê ali no canto da sala, de coração despedaçado, e que pega em nós (ainda que seja de arrasto), e nos enfia dentro de um cabeleireiro duas horas. depois dá nesse resultado, faz o ego voar um pedacinho mais alto - até chegar a hora em que tudo cai por terra, e não há cabeleireiro que nos valha.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

falar com os botões

quando se está por conta própria, tenta-se ao máximo preencher os vazios que se vão formando a cada dia que passa. encher a agenda, inventar trabalhos, chamar os amigos (primeiro uns, e quando esses saem, tentar  que outros entrem em cena), dormir a sesta e andar no autocarro de uma forma desnecessária (para trás e para a frente, vezes sem conta) é só uma pequena amostra do que se tenta fazer para não se ficar sozinha, ou num jantar a dois com os nossos pensamentos. mas quando se toma esta vida, é sempre inevitável o momento em que, eventualmente, não temos mais por onde buscar, qualquer coisa para inventar, alguém para nos acompanhar - é preciso estar só. não se pode estar sempre distraído, não se pode ter sempre um ombro acolhedor (ainda que isso só aconteça à noite, ou numa pequena parte do dia). o que vale é que se sabe que a dor é temporária, apenas o orgulho permanece - no fim de contas, qualquer quilómetro do caminho é difícil de substituir por um atalho, independentemente do material de que é feito o chão.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

estamos finas

a minha cadela, de tão princesa que é (cá em casa é tratada como se pessoa fosse, culpa minha), só come a sua (aparentemente) deliciosa ração, se eu estiver ao pé de sua majestade ou, imaginem, se lha der à mão. isto de pôr as coisas nos devidos lugares devia fazer parte da minha vida (mas aquele olhar, ai aquele olhar de cachorro abandonado - tão implacável).

programa das festas

verdade verdadinha

é certo e sabido que cada um de nós diz mal de, pelo menos, um par de pessoas. e eu aqui me confesso: pois que às vezes se vira a minha boca para a verdade, e digo tudo, tal e qual como penso - em alto e bom som - aos indivíduos dos quais não gosto particularmente. não é nada contra as aparências, que eu não julgo (muito, vá) antes de conhecer a pessoa em causa. há sempre toda uma envolvente, ou de questões pessoais, ou de passados atribulados, ou ainda de provocações mesquinhas que nem tão pouco têm (quase) razão de ser. não é que ser frontal me faça ter uma personalidade de bradar aos céus, mas nunca fez mal a ninguém ouvir o que mais precisa - e nisso, eu sou entendida. quem é que não tem uns poucos "inimigos" (chamemos-lhes assim)? quem é que nunca deitou cá para fora aquela boca, que estava quase a saltar pelos olhos, nariz, garganta e afins? eu já fiz disso tudo, e se de um pecado se tratar, pois que pecadora me confesso - e não tenciono deixar de o ser. mas, eis que no verso da página das inimizades assumidas, estão os que se dizem amigos do peito, anda cá camarada que isto é para a vida, ai que eu amo-te, ai que somos os/as melhores amigos/as, mas não perdem pela demora de dar aquela facadinha nas costas do outro, à primeira das primeiras oportunidades. isso é que não entra no meu léxico, não cabe na minha cabeça, nem arranja um espaço na minha compreensão. é que não gostar de alguém, desejar-lhe o inferno e ainda esperar sempre pelo seu mínimo passo em falso (para as mentes mais cruéis, é sempre um bom impulsionador do ego, isto de olhar para os defeitos de quem não nos agrada) até se aceita, visto que nem todas as personalidades combinam - mas fazê-lo com as pessoas com quem nos damos? ai que isso sim, é mais do que pecado.

que eu não duro para sempre


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

cá por casa

arruma-se a preguiça a um canto, suspira-se pelo sofá e pelas séries, respira-se fundo e estuda-se matemática - sempre acreditando que no fim, o produto final, fará valer a pena todas as tardes esmiuçadas à volta dos exercícios.

tudo com chá

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há coisa de um ano e meio, passei por uma urbanização nova - perdida na grande cidade - por razões que agora não me consigo lembrar. do que me recordo bem, é de um pequeno salão de chá onde me sentei a estudar, onde provei o melhor bolo de chocolate do mundo, onde a música e os livros dançam ao sabor das chávenas quentes e onde o ambiente é acolhedor, selectivo e muito inspirado em terras inglesas. jurei que um dia lá voltava, quando a necessidade de estudar fora de casa falasse mais alto e quando as saudades do bolo me apertassem o coração (e a gulodice). só ontem me lembrei de perguntar como podia lá chegar, para que a promessa de lá tornar esteja cada vez mais próxima. e não é que descobri onde se situa essa fatia de paraíso, esse lugar encantador para gastar uma tarde (ou todas as tardes)? fica a nota na agenda, do próximo fim-de-semana não passa.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

quero muito

são dois, se faz favor.

fechas os olhos

dás um valente suspiro, e esperas, esperas muito e com muita força que, talvez um dia, todos percebam que o amor não se cinge a um dia. porque ainda que hoje não lhe possas dedicar toda a tua atenção e carinho, há sempre um amanhã repleto de abraços, de conforto, sem pressas. afinal, é disso que é feito o amor - de cinzas que se reconstroem todos os dias, e cada vez melhores.

hoje

a roupa não demorou nada a escolher. é sempre assim, quando se tem muito por onde escolher.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

um crime

depois de ler um post assim, e sabendo que se vai sair de casa à noite, não é possível deixar para outro dia a promessa de jantar gelado. só gelado.

está feita

a lista dos filmes obrigatórios para Fevereiro. pois que é pequena, mas reza assim:


(no cinema)
- a rede social;
- burlesque;
- o amor é o melhor remédio;
- o turista;
- sexo sem compromissos;


(no videoclube)
- step up 3;
- como gerir o amor;
- cartas para julieta (outra vez);


posto isto, é pegar em mim, mais meia-dúzia de boa companhia e sair de casa (ou carregar num botão do comando, vá).

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

de quando em vez

também sabe bem vestir qualquer coisa mais descontraída.

good morning, sunshine

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

esta semana

as minhas unhas passeiam-se pelas Franças. simples, que só elas - mesmo como eu gosto.

sabes

aquela camisola, pela qual te apaixonaste à primeira vista, mas de imediato percebeste que não precisavas dela - só que o desejo era tanto, que davas qualquer coisa para a trazer contigo - e deixaste-a, sozinha de novo numa daquelas montanhas de roupa, abandonando a loja com vontade de resmungar a todas as pessoas que ponderassem passar as vistas sobre ela? estás a ver? aquela camisola, que esperou por ti apesar de tudo - como se de um sinal se tratasse - e ainda te fez o favor de descer o preço, só para que não pudesses mais resistir à tentação? e agora, sabes o que é chegares à escola, e completamente de surpresa, alguém te diz tenho uma coisa para ti!; o que é?; comprei-te a tua camisola preferida. não é por te dar roupa, mas sim por se lembrar sempre de cada pormenor acerca de ti, que esse alguém está sempre no pódio do teu coração - e não deixes que te fujam - entendes?

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

2

dois anos é muito tempo. são duas vezes o mesmo mês, duas vezes inverno, o dobro do verão. dois natais. vinte e quatro passas dos desejos. setecentos e vinte dias. são bons momentos duplicados, o dobro dos risos partilhados e uma mão cheia de palavras doces, sempre aos pares. é ver as árvores despidas duas vezes, ouvir as mesmas músicas, cantar a duplicar. é uma pequena vida, porque, apesar de cada dia ser diferente, tudo se viveu mais que uma vez. e isso vale por todos os males que pelo caminho se encontram - sempre quadruplicados.

adormecido

no meu armário à espera do (tão desejado) Verão. não vá ele fugir, percebem?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

mas está tudo bem?

corrijam-me se estiver em erro, mas qualquer pessoa que tenha um livro de história em casa, sabe que a liberdade de expressão já faz parte do quotidiano do cidadão há uns bons séculos. atendendo a tal, (ainda) sou livre de mostrar ao mundo o que eu quiser e bem entender, certo? é isso e toda a gente usar roupas da bershka (se calhar deviam passar mais vezes num atelier daqueles caríssimos), que ele agora já não é permitido gostar da mesma saia.

bem que me apetecia


sair de casa assim, já hoje.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

note to self

nunca deixarás gavetas com roupa abertas, sob pena de que alguma cadela encontre umas quaisquer meias tuas, e as resolva comer, literalmente, inteiras - para depois te presentear com um novo par, totalmente transfigurado.

sete luas

"Dormiu cada qual como pôde, com os seus próprios e secretos sonhos, que os sonhos são como as pessoas, acaso perdidos, mas nunca iguais..."
Memorial do Convento

nos últimos dias

tenho-me perdido por aqui. temo que nos próximos também de lá não saia.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

hoje...

... fui conduzir num descampado. e não é que gostei?

domingo do avesso

sempre que acordo tarde, gosto especialmente dos momentos que se seguem ao despertar: a reflexão toma conta de mim, e dedico os poucos segundos de silêncio e calma com que começo o dia a planear os assuntos aos quais me vou dedicar no tempo que sobeja do fim-de-semana. começo por tentar virar-me para o outro lado e dormir mais uns minutos, mas eis que se inicia o ciclo interminável de pensamentos que giram à volta da minha cabeça: os mil e um exercícios que tenho para fazer, os poemas que tenho para analisar, os teoremas que me faltam decorar, o tal trabalho que ficou por enviar - e por aí além. esforço-me de novo por ajeitar os lençóis, fecho os olhos e procuro adormecer as ideias. e lá vêm, mais uma vez, as vozes da razão que chamam por mim desenfreadamente - de tal maneira, que acabo por prometer (ainda hoje estou para descobrir a quem) que é só acabar de ver os dez episódios imperdíveis daquela série que ainda agora começou a dar que falar (e a transformar-se num enigma super atraente), e que mal acabem arrasto-me para fora da cama, sem arredar pé da secretária até esgotar todas as tarefas que acumulei na prateleira. o que acontece, é que até consigo chegar à secretária, mas assim que me alapo no computador ou me distraio com a televisão, é ver as horas a correr e nem a lapiseira ainda conseguiu tocar na minha mão. eu sempre disse que não faço nada sem ser sob pressão - porque as tarefas que podia ter feito com calma, na paz do lar e com o café à frente, são sempre encavalitadas no seio da agenda, e acabo sempre por me arrepender de não ter agarrado nas coisas pelos colarinhos.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

um dia


whatever *-*


speakloud

deito-me contigo na relva, sem me importar que as minhas calças se tornem verdes. hoje é o dia.

sempre ouvi dizer

que as coisas grandes vêm em pacotes pequenos.

sabe mesmo bem

acordar, de braços esticados e bem abertos. saltar da cama como quem corre por gosto, fazer o melhor pequeno-almoço da semana, sem preguiças, e deixar a brisa entrar em casa - limpar as impurezas que só se querem fora de nós. sentir que somos a pessoa mais realizada e feliz, apesar de todos os contratempos - e nem a tarefa mais aborrecida nos consegue roubar o regozijo que trazemos estampado na testa.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

stay

Tomorrow, if a Golden Train came to take you away, would you go or would you stay?

comigo já se sabe

à medida que o tempo passa, e por muito que eu não queira, avizinha-se o dia em que vou ter de me inscrever na escola de condução. e eu - a descoordenação em pessoa - tremo mais um bocadinho cada vez que vislumbro o lugar do condutor, o volante, os temidos pedais. se há coisa que sempre soube acerca de mim, é que não nasci para conduzir - pelo menos de maneira certa (que isto num descampado é carregar no acelerador que não se passa ninguém a ferro). conheço-me bem no que diz respeito à condução e digamos que o meu passado com a bicicleta não foram rosas até acertar com a coisa e parar de atropelar pessoas e esfolar joelhos. mas um carro é um carro. é pesado. é grande. pede um cheirinho de coordenação para ser manobrado. e decorar os sinais. e mais importante que todo o resto: não adormecer ao volante - tarefa difícil para quem não passa um minuto no carro sem dormir (embala uma pessoa, entendem?). tenho para mim que só vou passar no exame depois de imensas tentativas falhadas, a seguir a estragar uns poucos carros ou de estar lá há tantos anos, que hão-de me passar do tanto que já se cansaram de mim.