quarta-feira, 31 de agosto de 2011

little things #32

e foi isso que decidi fazer hoje - agarrar a oportunidade, mesmo que seja só um (pequeno) começo, e que leve mais tempo a concretizar o mais profundo dos meus sonhos.

you have a text message #5

"Ninguém vai deixar de te falar pelo que não fizeste. E se alguém o fizer, não me parece que precises dessas pessoas... Eu estou aqui para as partes difíceis, também."


e os agradecimentos por isto vêm de todas as vezes que olho para ti, e tu simplesmente sabes que te estou grata. vou sempre olhar para (e por) ti, ficar no teu abrigo, dormir no teu abraço e contar contigo, porque tu... tu estás sempre aqui.

late at night

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é com a boa companhia da J., com episódios repetidos de Gossip Girl e uma televisão por perto que se faz uma noite maravilhosa. mas ainda melhor essa noite se torna, quando isso tudo acontece depois de um filme que nos faz temer pela barriga - de tanto que ela dói por nos rirmos tanto.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

estamos no Verão com uma tempestade

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ou alguém se lembrou de colar um papel de parede de Inverno na minha janela?

do azar com as tecnologias


de acordo com as minhas contas já estraguei cerca de 10 telemóveis. sim, 10 lindos-e-perfeitamente-funcionais-telemóveis-com-menos-de-1-ano-de-existência. e não digo isto com orgulho, nem tão pouco para mostrar que já tive tantos pequenos aparelhos destes na minha vida (visto que a sua qualidade começou a diminuir com o passar do tempo e com a regularidade com que eles desapareciam), mas sim para deixar registado que tenho desde sempre um azar danado com as tecnologias. é mesmo aquela teoria do toca e estraga. ora me sentava em cima do ecrã, ora deixava as chaves à solta dentro da mala e partia o vidro do visor, ora deixava cair o dito cujo e lá se iam os cristais, ora se partia a tampa de trás aos bocados, ora o teclado não funcionava, ora o sistema bloqueava 1324 vezes por dia, ora, ora, ora... e mais uma infinidade de coisas surreais que acontecem ao que pára pelas minhas mãos (já para não falar dos computadores, mas isso são outras conversas). eu bem que tenho tratá-los bem, comprar-lhes uma capa, não descolar o protector do visor (esta é para a J. que aguentou o dela um ano!), levá-los bem guardadinhos e amá-los com todo o carinho que alguém pode ter com alguma coisa nova, mas é que... há sempre qualquer coisa que se atravessa nesta minha relação com as telecomunicações. é por isso (e na esperança de começar uma nova relação) que há precisamente um ano comprei este telemóvel, bonito, barato, funcional (como se quer) e com alguns extrazitos que não me deixassem na monotonia daqueles telemóveis da idade da pedra, e comprei-o com o meu dinheiro, assim numa tentativa de perceber se o facto de ser eu a pagar me ia levar a tratá-lo (ainda) melhor. e digamos que até se portou bem, quase não caiu ao chão, foi fiel ao meu toque, funcionou na perfeição e até com o uso exaustivo que lhe dava durava três (sim, três) dias sem ter de o carregar. mas eis que depois as chaves voltaram a manifestar mais amor por ele que eu, e lá se vai um bocado do visor; mais tarde, uma tecla decidiu que estava na hora de ser independente e saiu de casa; e agora o malvado desliga-se por sua livre e espontânea vontade, sem se importar com a minha elevada actividade comunicativa. pois é, deste-me muitas alegrias, tentei que nem uma doida manter-te por mais um ano (ok, pronto, mais um mês já era uma grande coisa), mas agora está na hora de procurar um novo - desta vez melhor que tu, mas que prometo aqui que vai sobreviver a todas as intempéries que se atravessem na sua (esperemos, longa) vida .

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

não estivesses tu longe

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podíamos estar a esta hora no concerto da Mafalda Veiga a dizer mil e quinhentas vezes "achados e perdidos", a entoar as infinitas músicas que sabemos dela e a pensar que devíamos ter levado umas sabrinas extra porque nos dói tanto os pés dos saltos que teimamos em comprar.

domingo, 28 de agosto de 2011

um dia

o nosso sótão vai ficar assim - como todos os nossos sonhos [de pequenas] que estão para se realizar.
Diz-lhe que não, diz-lhe que tudo acabou. Que é sempre mais feliz aquele que mais amou. Chega de juras de amor, promessas de amor eterno para algum tempo depois voltarmos ao mesmo inferno. Por vezes é mesmo assim, não há outra solução. Dói muito dizer que sim, dói menos dizer que não. Maior ou não pouco importa, ser a única isso sim. Diz-lhe que não me enganou, enganou-se ele por mim. Diz-lhe que não, está na hora de acabar. Mas por favor não lhe digas que ainda me viste chorar.

estou a evoluir

e prometo que nunca me vou cansar de aprender.

sábado, 27 de agosto de 2011

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

sabe (e faz) bem

chegar de uma semana de férias pelos campos [cheia de ideias e vontade de fazer umas quantas remodelações no grande sótão], em que não parei  um segundo durante a limpeza do jardim [com a promessa feita de limpar o outro], em que partilhei os melhores momentos com quem gosto sempre de estar, e passear-me pelas lojas à procura da mala e dos sapatos ideais para o baptizado que se aproxima (o que eu odeio dessas coisas, mas com a roupa certa e a trabalhar como fotógrafa pela primeira vez, até aceito o que der e vier). sabe bem.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

na minha futura casa

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vai ter de existir, impreterivelmente, uma biblioteca com estantes até ao tecto.

às vezes

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também é bom admitir que não sabemos. faz bem ao orgulho.

sábado, 20 de agosto de 2011

life it's about experiences #4



existia um Baobab em cada esquina













por aqui, 15 Euros pode ser pouco, mas para eles é muito


perfeito para um verdadeiro safari na selva
mais um dia na selva africana, em que acordei (ainda enjoada do dia anterior, não comi nada ao jantar nem mesmo ao pequeno-almoço) bem cedo para me lançar a mais uma excursão (desta vez num jipe decente e com um guia que falava espanhol). seguimos em direcção a Sine Saloum com as expectativas muito abaixo do que as que trazíamos no dia anterior, tal era o medo de encontrar coisas piores que Mbour (a cidade que descrevi ontem). a viagem demorou cerca de uma hora, com muitos solavancos, pó por todos os lados (estraguei a t-shirt que mais adorava, de tão castanha que estava no fim deste dia) e muito, mas muito, calor. antes de visitar o destino planeado (as tribos - no verdadeiro sentido da palavra), parámos numa pequena cidade, com o intuito de comprar alguns bens essenciais para oferecer aos elementos que lá habitavam - uma forma de agradecer a visita que ali iriamos fazer. quando parámos na primeira - de duas - tribo fui logo assaltada por uma dúzia de crianças (ali, a média de filhos que cada mãe tem são 6), que lutavam afincadamente para ver quem seria o primeiro a receber guloseimas e a ser fotografado pela minha objectiva. a primeira coisa em que reparei, foi no facto de que estas crianças vivem naquele sítio, no meio do nada, em nenhures e, ainda assim, esboçavam um sorriso mais carregado que muita gente. ora pulavam, ora corriam, ora me chamavam para disparar mais uma vez o flash sobre as suas caras ternurentas, sobre os seus olhos esperançosos. visitei as "casas" deles, vi as camas no chão, vi que por ali faltava sempre luz (no Senegal falta a luz durante cerca de dez horas por dia, mas ali nem um minuto têm de electricidade - daí o facto de termos oferecido velas), vi a cozinha comunitária, assisti ao trabalho estafante das mulheres (que moíam couscous durante grande parte do seu dia, e ainda olhavam pelos mais pequenos). deixei que me vestissem com os seu trajes típicos, aprendi a dança que praticam habitualmente, senti o amor presente naquele seio familiar tão grande, experimentei um bocadinho da felicidade deles - aquela que não implica ter nada - na minha pele, mas mais importante: pude contemplar a felicidade de todos os que, em redor do grande alguidar com oferendas, agradeciam com o sorriso mais rasgado que se pode ter, e isso não tem comparação ou preço. tirei milhões de fotografias, aproveitei cada contacto com eles, cada laivo de carinho que recebia daquele lugar. foi difícil deixá-los sem pensar no interminável número de maneiras que existiam de remediar tudo aquilo, de lhes oferecer uma vida melhor, com condições básicas para a sobrevivência. mas rapidamente percebi que assim, se tudo possuíssem, se habitassem num lugar que não aquele, mesmo que apenas se mudassem para a cidade ao lado, não agradeceriam da mesma maneira, os seus sorrisos não ocupavam metade das suas caras, os olhos não emanavam tanto brilho - porque viver ali é uma escolha deles, é o que representa aquilo em que acreditam e... eu não podia mexer com a vontade de quem já descobriu a solução para os problemas, o atalho para a felicidade, a sabedoria para conhecer a regra de que ser feliz está no caminho que percorremos. dormi muito mais serenamente nessa noite, agradeci ainda com mais força até já não conseguir mais - e prometi-me que ia aprender a rasgar sorrisos como aquelas pessoas rasgam os problemas e os jogam para fora das suas vidas.

estou apaixonada

assim que as calcei, houve um apego imediato. mas (onde e) quando é que eu as ia calçar? sim, que esta calçada que preenche as ruas de Portugal não é amiga destas coisas.

hoje vou assim

(bom, excepto a mala que será substituída por uma que tenha parecida)

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

já que eu não preciso

estou disposta a emprestar a minha cadela a quem queira conquistar mil e um novos namorados (ou namoradas) e fazer novas amizades, quer seja na rua, no carro (em plena fila de trânsito, onde arranca sorrisos a todos os condutores que a veêm à janela) ou em qualquer outro ponto da cidade a que a levem. é que perder assim uma mais valia destas, que faz toda a gente babar-se para cima dela e que conquista qualquer coração de pedra, é um grande, grande crime. e não se preocupem, porque se não conseguirem travar esse tão desejado conhecimento nem fazer com que perdure no tempo, ela fá-lo por vocês.

para ver e viver #13


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ando numa de comédias românticas e esta não podia ser melhor.

life it's about experiences #3

o Louboutin deles, felicíssimo na sua sapataria

a pior parte do mercado

milhares e milhares de pessoas trabalham de sol a sol

as crianças, que também ajudam


o tecido que comprámos para ajudar

uma das mil pequenas lojas de souvenirs


os cosméticos só existem aqui


o meu bungalow


e no segundo dia por terras africanas, acordei com o sol a roçar a janela do quarto e imediatamente saltei para fora da cama para me despachar, que o guia reservado para nós não podia esperar e havia muito para ver por ali. preparei tudo o que consegui que encaixasse na mochila (da Blanco, que me deu e ainda dá um grande jeito), a máquina fotográfica, as objectivas, o bloco, a toalha de praia, os bronzeadores. esperavam-me informações acerca dos preços, as viagens mais populares, as rotas pelo país, os mercados a visitar e todo o tipo de dicas necessárias (um bem precioso quando estamos em locais que não conhecemos). uma coisa que me desiludiu, foi o facto de quase toda a gente falar apenas francês (e eu que mal me lembrava de duas ou três palavras, ainda ia percebendo e treinando un petit peu) - lembrei-me de imediato que a minha mãe estaria no seu paraíso, já que adora francês - e de apenas os guias e um funcionário da recepção falarem inglês. pois que num destino com tantos turistas (se bem que a maior parte deles eram franceses) não falar inglês é uma grande falha, a meu ver. mas ao longo dos dias foram-se ultrapassando as barreiras da língua (até porque reparei no facto curioso de que os vendedores locais falavam inglês fluentemente) e tudo se compôs. quanto ao resto do dia, para mim, foi a pior parte dele - senão a pior parte da viagem. o guia (que mostrou interesse em casar comigo, já agora) aconselhou-nos uma ida ao mercado da pesca (que por ali é uma das maiores actividades) e de especiarias e afins. lá fui eu num táxi super velho e mal tratado (por cá não passava na inspecção, ah pois não), com um outro guia que falava um italianês estranho, convencida de que ia ver um mercado do mesmo género do que outrora tinha visitado em Casablanca. mas acontece que as coisas às vezes tomam caminhos que nunca imaginamos que podem vir a acontecer. assim que saí do táxi deparei-me com os olhos brilhantes e tristes de várias crianças, que me miravam como se vissem algo muito invulgar, como se quase ninguém ali fosse. depois veio a parte mais trágica - a zona junto ao mar, de onde saíam centenas de pescadores (com peixe que se via já não estar em condições há muito tempo), em que se sentia um odor horrível (existiram momentos em que pensei que ficava ali e não voltava, de tão mal-disposta que estava). viam-se mães e filhas a vender peixe (até as espinhas eles aproveitavam) e estava um calor abrasador, que não ajudou à imagem com que fiquei daquele lugar. via-se muito, muito lixo, muita gente sem roupa, muito peixe por vender, muitas crianças que também trabalhavam, apesar da tenra idade. lembro-me de pensar na minha casa, na minha cama, nas minhas coisas. lembro-me de pensar na palavra "obrigada" imensas vezes, dentro da minha cabeça. lembro-me de que tinha uma vontade (aterradora) de chorar com aquilo tudo, de possuir todo o dinheiro do mundo para poder reparar aquela miséria. e se eu tivesse nascido ali? e se eu fosse uma daquelas pessoas que quase nada tem? dei-me conta da sorte que tenho, disse "obrigada" mais e mais vezes, prometi que dali em diante ia agradecer sempre tudo (até o ar que respiro). e, a meu ver, também é para isso que visitar culturas diferentes serve - para dar valor ao que fica em casa, para começarmos a pedir menos e a valorizar mais o que nos é dado. e o que me espantou ainda mais na lição que aprendi nesse mesmo dia, foi o facto de que as pessoas que ali trabalhavam, aqueles que eu pensava estarem irremediavelmente tristes por residirem ali, mostravam-se sempre orgulhosos do que faziam, do que tinham, do que eram. e o sonho de alguns deles com quem tive a oportunidade de falar (ou de ouvir, pelo menos) era construir uma casa na cidade dos mercados (o pior sítio onde já estive, em toda a minha vida, quais bairros sociais de Lisboa) e constituir ali família. também fiquei muito impressionada com o facto de andar por ali com a minha máquina e ninguém sequer ter olhado para ela, ou tentado qualquer coisa para ma tirar. por fim, a última coisa da qual me recordo desse dia, foi de mandar uma mensagem à minha mãe a dizer que tinha estado no pior sítio do mundo, o que me deixava triste, mas que a partir daquele momento ia agradecer tudo o que tenho aqui - foi por isso que disse que cheguei muito mais rica, tanto psicologicamente como materialmente. vejam só, somos milionários ao pé de qualquer um deles, e estamos em constantes lamentações sobre a nossa vida - enquanto que lá, eles sorriem apenas porque vivem. (depois disto, fiquei a achar o mercado de Marrocos um Colombo ou um Dolce Vita, se é que me entendem. e é claro que já tinha visto a extrema pobreza na televisão, mas é como diz aquela expressão "só visto, que contado ninguém acredita").

quinta-feira, 18 de agosto de 2011