sábado, 25 de julho de 2009

departure

ainda não fui, e as saudades já cá estão. o teu sabor já está escasso, mas nunca desaparecido sem rasto, esse vai ficar até voltarmos a onde pertencemos. três semanas sem os beijos, os abraços. sem os beijos. sem o hálito quente da manhã e sem ti. os abraços de mar, e de todo o lado. os abraços. há muito tempo que não sei verdadeiramente o que é uma refeição sem estares na minha mesa, ou na tua. há muito que não passo um dia sem a tua ofegante respiração na minha face, ou sem a tua mão na minha. e agora vou ter de o fazer, quando não sei. nenhuma, é a curiosidade de o aprender, já que nada me leva o pensamento. nada me lava a mente, tão acorrentada a onde vivo: contigo, e com beijinhos de chocolate. com ice tea do pingo doce, e carinho com açúcar. vou sentir a tua falta, eu sei que sim. e também sei que tu vais sentir a minha. somos diferentes, de todo o mundo. não quero (jamais), que esteja algo de diferente quando aqui voltarmos. não deixo aqui mais quase nada, apenas uma mãe que grita e um pequeno que não pára quieto. quem me dera poder levar-te comigo na mala, e mostrar-te comigo a todos. mas por enquanto, ainda não se faz isso. ainda não. está na hora de arrumar tudo, já que despedidas são amanhã, apenas. tenho medo, confesso. mas tu és a minha pessoa, e eu, não me desiludiria vez alguma. só quero que chegue a meio de agosto, e que a minha sombra se duplique. e aí, o ar fresco vai chegar. como eu amo lufadas de ar fresco.

"You know I love you. I feel I've loved you forever. Be safe. Know that you are my one and only. I'll miss you with every beat of my heart. Our life together is the only home I've ever had. I wouldn't trade it for anything. I love you. I always will." in sara sidle's goodbye letter

domingo, 19 de julho de 2009

quero ter duas propriedades

Repenso e penso em monólogo, nos diálogos trocados entre dias, e sei que me estraga. Prometo com continência que jamais voltará a ser como tal. Em breve descubro que me enganei, e da próxima vez, vai voltar a irrigar-se assim. É a capacidade de perdoar, é o bem que invade a casa, quando de tudo me esqueço e esvazio. Um alívio preenche o meu sorriso, e tudo chega bem como antes. Penso com o coração, mais que com a cabeça, e nunca me senti mais certa. A verdade nua, sobe a rua, senhora de si, e aí deixo-me levar. Permito que o mal se entorne na mesa, e aceito o ombro do amor para me consolar, e talvez para me levar de volta. Tenho consciência deste dom, o da desculpa ao próximo. Não tanto isso, mais esquecer e oferecer ao vento, para ele levar. Errar é humano, perdoar é divino. Poderei eu dar-me ao infinito luxo de me chamar divina? Dia algum, chiça. Gosto tanto de saber esquecer o que é pequeno, e continuar a ser feliz, escrevendo de novo: em letras bem grandes, para que todos vejam o que importa. Mas assusta-me, saber que me esqueço do que é mais pequeno, e não sei tomar conta do mais simples. O que é pequeno, está sempre ao alcançe, ou não seria dito por ruas com experência. É por isso que desejamos ou que desejo. Porque só o que é grande, e o que está fora da nossa mão, merece ter preces de todas as cores, ou moedas em lagos. Até esperança em estrelas cadentes, quão grandiosas são: ninguém lá chega, é preciso mais alguém. Perdoar é saber chegar ao céu sem o desejar; e saber agarrar. É isso, porque é tão grande quanto o resto. Ainda que se mascare de pequeno gesto, tão quotidiano e rápido. É uma injecção de efeito veloz, porque se entranha de imediato.
E penso, quando me esqueço do mal: 'serei eu estúpida ao ponto de perdoar tanto, e ser demasiado feliz?'. Nada disso, eu sei. Do que eu precisava, era daquelas velhinhas que cheiram a ameixas e fruta fresca, que nunca iam parar de viver para se indagar sobre uma coisa mundana, tal como eu. Caraças, eu só quero que alguém me diga: 'É disso que a gente precisa!'. Era muito mais fácil. Saber descomplicar e ser feliz, é muito mais divino que perdoar. Agora penso: 'Porra, como gostava eu de saber chegar às estrelas!'.

'Maria Elena used to say that only unfulfilled love can be romantic.'

quinta-feira, 16 de julho de 2009

old new

People spend so much time every single day, running around all over town, giving their forever away.

But no not me, I won't let my forever roam.

And now I hope I can find my forever a home, so give me your forever, please, your forever.

Not a day less will do, from you.

domingo, 12 de julho de 2009

brand new

já dizia na campa do scofield: 'be the change you want to see in the world.'
mudar de penteado conta?

'não há nada como voltar a um lugar que permanece imutável para descobrir de que forma nós próprios mudámos'

terça-feira, 7 de julho de 2009

primeiro estranha-se, depois entranha-se

Necessidade de te ter é viva em mim, acende-se sem lume. Preciso de te dizer, a cada hora que voa, que te amo até planetas, universos ou qualquer gigante coisa. É tudo o que eu quero, pôr-do-sol e o teu afecto; esse dito cujo que me tira as frases do vocabulário e me esmaga por completo, quando me sento ao teu lado. És divinal, e tenho todo o sentimento, encavalitado no coração - por mais espaço não haver para ele morar. Assim, tento doar-te todo ele, com a maior das verdades, espalhar por cidades e transformar. Forte e robusto, é isto; e um dia, quando mais ninguém gritar amor - partilha-o comigo, e isto será ainda mais único. Não trilhes o teu caminho sem a minha sombra; jamais despertes em mim, o sentimento de te perder. Get lost, inside me.

Ando assim, só (te) vejo.

domingo, 5 de julho de 2009

new stage

“cresça, independente do que aconteça, eu não quero que você esqueça, que eu gosto muito de você”