sexta-feira, 22 de maio de 2009

estraguinado

e aqui estamos, mais uma sexta-feira à porta, mais um fim-de-semana sem o que eu tinha antes. quase três semanas sem o que, de bom, me tinhas sempre para dar. mas agora cresceste, e safas-te bem sem mim e sem o meu estúpido cérebro, que pensa ser suficientemente bom para poder ainda esperar que mudes. frio e irritante, é o sentimento que me deixas; é o que não me apetece ver, at these days. insípido e sem nada que nos ligue, é o laço que se desata agora; ou talvez já esteja solto há muito mais tempo do que pensamos. talvez deva esperar por alguém que venha e enlace de novo o meu coração, como tu enlaçaste há anos, há uma vida; e aí, eu não vou sentir mais isto. este novo desprezo rude, que dá voltas ao diafragma, e deixa qualquer um sem fome de amor. pedir é relativo, eu já pedi, e ninguém ouviu os meus gritos no escuro; ninguém encheu o meu digno vazio com quantidade suficiente. um dia. talvez um dia, que paira agora na multidão de gotas entre a chuva ácida, tu dês a alguém o que eu te dei e retornei a dar ao teu tu. é só mais um dia, e eu na verdade não estou sozinha sem ti: eu estou bem e vou ficar bem. quanta distância percorremos, e agora não corro mais por ti. the end is not near, it IS here.

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