bem sei que é um cliché fazer o ‘apanhado’ do ano que passa, e ainda para mais, quase no último dia. ‘o que está feito, está feito’, e 2009 foi um ano que usou e abusou desta frase. Mal me lembro de alguns meses, semanas e muito menos do que fiz em cada dia. mas recordo-me tão bem, do almograve: de cantar o infinity com a j. ao mesmo tempo, da célebre frase, de todas as piadas e de todas as viagens na bagageira, em que quase perdi uma perna ou a voz de tanto gritarmos com a d. – foi fantástico. lembro-me também, do dia em que fiz as pazes com o meu pai, depois de um eternidade sem lhe falar – foi bom ter tanta parvoíce de volta e tanto mimo da minha avó – eu gosto realmente deles.
também me vem à cabeça as mil vezes em que tanta guerra houve com a minha mãe, que acaba sempre em choro e beijinho – mas nem sempre sei se vai passar, o que é certo, é que ‘passou, passou’. está bem guardado na minha cabeça, como a continuação do encontro de um grande amor (que já vinha de 2008), e da maneira como o perdi, há pouco tempo – custa-me muito a acreditar, mas é o presente que desenharam para mim. também amei viajar pelo mar, naquele grande cruzeiro, onde não houve um dia em que parasse quieta, apesar do enjoo e da saudade – definitivamente, para repetir. foi este ano que recebi uma máquina fotográfica nova – o meu segundo grande amor – que desfiz passado uns meses . e sofri bastante com a ausência de fotografias. lembro-me que foi em 2009 que nasceram as sluts, e que tanta coisa fizemos juntas – e tanta piada nasceu . lembro também, que em 2009 ainda tínhamos aulas do ângelo, e como eu e a joana quase morremos de tanto rir – e que a nossa barriga não aguentava mais. também foi um ano de grandes sustos – a minha avó no hospital, tanta negativa e a família dividida por completo. outra coisa que me vem à mente: foi o primeiro ano em que discuti com a minha melhor amiga de infância – a minha prima-, porque se bem me lembro, não era assim desde que nos chateávamos por uma barbie – mas o que está feito, não pode ser mudado. após ter partido a máquina, pensei que o meu pai não voltava a pôr-me outra nas mãos – enganei-me – esta é melhor, e continua a ser o segundo amor da minha vida. também foi este ano que me apeguei mais aos meus primos que vivem em espanha – tantas saudades que já tenho, da minha menininha de olhos verdes a bajular-me com beijinhos e a pedir me para colar pegatinas com ela. e por último mas não menos importante – foi em 2009 que encontrámos a mafalda e foi em 2009 que ela foi para os EUA – we miss you. podia ficar aqui o resto da noite a contar – mas quem fez parte do meu ano, sabe tudo.
saudade, apego e perda são palavras do ano. adorava poder dizer com toda a segurança que vou mudá-las para aceitação, desapego e conseguir – mas era tudo tão mentira.
só quero uma folha nova na mochila, umas canetas com purpurinas, amigos e uma máquina – quero a minha estabilidade e os outros doze desejos ficam na expectativa.
happy new year
1 comentário:
ohh amei o nosso ano *.* mas o melhor melhor vai ser 2069 já bem velhinhas no nosso lar a falar as duas ao mesmo tempo com os aparelhos auditivos desligados *.* ly
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