quinta-feira, 8 de julho de 2010

deita cá para fora #1

hoje decidi escrever sobre mudança. já não me deixa muito chateada ver o quanto as pessoas mudam com o tempo, e como tudo o que aprenderam com o passar dos dias se deixa fluir nas suas personalidades - afinal, quanto mais tempo, mais vivências e, consequentemente, mais capacidade de pensar de maneiras diferentes - mudar de atitude. a vida é cheia de reviravoltas, and so on.
já dizia o Darwin com a sua prestigiada hipótese da selecção natural (isto da biologia até se aproveitou, sem ser no exame), que "não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças". e eu sei, que o que mais me afecta é conseguir reparar nas diferenças do antes e do depois (antes não tivesse nascido com essa habilidade); lembrar-me do tempo em que estavam todos congelados, e eu sabia com o que contar, sem ter de pisar na expectativa. pensando bem, isso não significa realmente viver; isso chama-se passar pela vida. mas quanto a mim é melhor, não sabendo o futuro,  ter a certeza de que o que eu preciso está ali, e não vai mudar. eu não preciso de cambalhotas nem de contorcionismos na minha vida, e eu quero que os alicereces da nossa casa nunca se modifiquem. mesmo que a terra mantenha o seu movimento de rotação, ou que as placas oceânicas continuem a renovar as rochas. vá, também pode vir um bocadinho de ansiedade, porque as borboletas na barriga nunca fizeram mal a ninguém: muito pelo contrário.