fine dolce far niente

desde que me lembro, sei que estudar em casa, para mim, não funciona muito bem. eu bem que tento (se tento) afastar-me dos computadores, das televisões, dos livros, dos doces e afins, que é tudo o que uso no sentido de arranjar uma desculpa (por mais impensável que ela seja) para tirar os olhos dos livros e dos resumos. quando o estudo não é muito preocupante, quando não tenho outra hipótese ou sempre que a minha consciência me manda preferir os livros ao invés do lazer, a coisa até se compõe. mas o pior, é quando chega o tempo dos exames (tempo esse durante o qual as horas livres chegam em maior quantidade), onde é fácil uma pessoa perder de vista os objectivos e deitar por terra todo o esforço anterior, apenas por culpa da preguiça, que teima em arrastar-nos pelos dias lentos fazendo com que a frase do dia se torne "amanhã estudo, afinal ainda tenho uns tantos dias". e isso não pode acontecer. não mais, não este ano. desta feita, decidi hoje que vou adoptar a técnica do ano passado (mas agora, com muito mais rigor) e passar todo o santo dia, desde que as aulas acabem até ao dia do último exame, dentro da biblioteca mais próxima, silenciosa como se quer, e que não deixa espaço na cabeça para mais nada que não se inclua nos temas a estudar. se eu sei o que vai doer? sei, pois sei. mas que sei que vai valer a pena, passar duas semanas que nem toupeira cega dentro de uma sala à volta das mais chatas matérias do mundo, sei.