Quando chego à rua da minha mãe, tenho por hábito olhar para o sítio que era meu e teu. Desde sempre, seja de carro ou a pé, sejamos eu e tu estranhos ou não. Um dia pensei hei-de lá voltar, com aquela minha velha sensação de que aquele lugar não estava acabado. Qual não é o meu espanto quando hoje, ao olhar para aquelas colunas pela milionésima vez na vida, totalmente aérea, reparo num casal de miúdos sentados exactamente no mesmo sítio em que eu e tu ficávamos. Afinal, aquele lugar acabou - mas não foi para mim e para ti. Fiquei feliz e um porra, não pode ser! passou-me pela cabeça. Não quero saber que mais ninguém dê importância a estes detalhes. No fim de contas, fez o meu dia e isso chega-me.
1 comentário:
Nós mulheres, principalmente, somos muito agarradas a detalhes que nos trazem essas lembranças, nada a fazer...
Enviar um comentário