quarta-feira, 11 de agosto de 2010
cartas para ti IV
'olá! hoje o dia foi diferente, porque nao o passei na praia, a torrar ao sol, nem a tirar imensas fotografias, como é costume. hoje comi um pequeno almoco de americano, para variar - porque a vida tem de valer cada chocolate e cada ovo estrelado com bacon. depois saí do hotel, em direccao a zona norte da ilha, que fica a duas horas de distancia - fui a dormir o caminho todo, portanto. mas gosto de dormir assim, gosto de levar com a brisa do vento na cara e de apanhar com o primeiro sol do dia, mesmo a dormir eu sinto. chegamos ao destino: desilusao total - era uma vila super horrenda, com um mar escuro e a areia quase carvao (eles pensam mesmo que têm ali uma grande praia). depois de almocar, numa terrinha qualquer, decidimos (o meu pai decidiu) que iamos a uma praia suuuuuper longe (e quando digo longe nao é ir do Porto ao Algarve, qual que). uma estradinha nas montanhas, quase sem cercas a delimita-la e com avisos de perigo de derrocada. vinte e cinco quilómetros - naquele fim do mundo, em que quando vinha um autocarro em sentido contrário, quase rezava pela vidinha, de tao alto que era. passado quase umas duas horas de caminho e curvas, chegámos. estacionámos. descemos as ruas até à baía (com o meu pai quase a matar-se a pensar no que ia ter de subir depois) e andámos até às grutas que passam para a praia. feito isto, percebemos que era preciso passar um rio (a pé) para chegar até à tao falada praia paradisiaca. desesperei enquanto atravessava o rio, com o meu medo de estragar a minha linda máquina, mas passei-o. e a praia estava atulhada de gente. espanhois, alemaes, franceses. tudo e mais alguma coisa. espaco: zero. mas o meu pai insistiu e ficamos num sitio minusculo. era uma grande treta, qual paraiso. era tudo muito bonito, a águinha limpinha - com uma medusa lá dentro, também para animar a coisa. saimos passado vinte minutos, de tao boa que era a praia. senti a tua falta hoje especialmente, porque me lembrei dos dias que passámos na praia - o mar nao é a mesma coisa sem ti. amanha é o ultimo dia, e é bittersweet, porque gostei disto, mas ao mesmo tempo estou a adorar que acabe - para voltar para o teu abrigo. um beijinho, hoje de fresas com chantilly. you are my one and only, love you.
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