sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

banhos de lua

existem noites em que o sopro de um beijo chega para apaziguar a alma, conter as ânsias, esconder os suspiros de impaciência. gosto quando nos sentamos no relvado do jardim, naquela esquina mágica, onde as flores não dormem para ouvir a lua, onde as estrelas olham por nós. corre sempre um vento fresco, uma brisa rotineira, naquele jardim, daquela esquina que dobra a avenida do amor. não te peço nem imploro que me leves um dia à lua, que fiquemos por lá, num mundo sem esquinas bonitas e flores que não se deitam. prefiro que me deixes de pés bem assentes na terra e que me faças voar baixinho, de forma rasteira e bem perto dos jardins, para que possamos sempre sentir a fragrância da lua e, quiçá, o brilho das flores.

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