é hoje

para mim, sábados são dias preguiçosos, cheios de sono e muitas mantas, sofás e chás pelo meio. sejam para estudar, sejam para ver filmes ou séries em atraso, sejam para ler um bom livro - sábados passam-se sempre em estado de inércia, com uma pequena dose de apatia à mistura (que a semana não nos deixa mostrar moleza). gosto de acordar a meio da manhã, nem demasiado cedo, nem demasiado tarde, porque só sou a favor de passar os dias no vale dos lençóis quando a noite foi longa. é caso para dizer que me agrada arredar da cama a horas decentes, que me deixem aproveitar, pelo menos, um pouco da primeira parte do dia. adoro tomar o pequeno-almoço à janela, ainda com o pijama vestido (que, geralmente, não é trocado por roupas decentes até à hora de almoço - ou que simplesmente não é trocado por nada quando sei que estou confinada a ficar em casa) e deixar-me submergir na zona mais fofa do sofá, fazendo tudo o quanto tenha para fazer - mas sem nunca desligar o modo vagaroso e lento com que me agrada cumprir as minhas tarefas. ainda que tenha (ou queira) de deixar o conforto do lar por momentos, quando é sábado não faz mal, porque depois ainda vem o domingo, que deixa sempre recuperar e reestabelecer energias para mais uma semana. o que importa realmente nisto tudo, é que aos sábados (e eu não gosto da palavra sábado porque me soa extremamente mal) se pode sempre fazer tudo, com a maior das calmas - sábado é paz, ainda que a palavra me deixe a cabeça em guerra.