segunda-feira, 30 de abril de 2012
domingo, 29 de abril de 2012
sábado, 28 de abril de 2012
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Das amargas liberdades
Não fiquei triste apenas por perder uma pessoa muito presente na minha vida. Fiquei, e fico todos os dias mais um bocadinho, devastada por saber que estou a avançar com a minha vida. Assustada com o futuro que aí vem, com menos um ombro para me apoiar, menos uma mão para apanhar. Mas, essencialmente, porque estou a crescer. E muito sinceramente, é coisa que me deixa com muito medo. Andar para a frente, podendo apenas relembrar o que já passou. Como quando era pequena e adorava ser apanhada na escola pelos meus avós, pelos meus pais, pelos meus tios. Pensar que isso nunca mais vai acontecer, que está quase na altura de ser só eu a fazer por mim, deixa-me muito triste. É uma sobriedade avassaladora que tenho ganho, de todos os dias me recordar dos tempos em que alguém tomava conta de tudo o que eu fazia, podendo andar à deriva - que tinha lá sempre uma pessoa que fosse, para me amparar das quedas e desviar dos erros. Parece que tudo aquilo em que acreditava, em que me suportava, está a desaparecer gradualmente, deixando apenas réstias de dias, de momentos, fragmentos de coisas que já senti. Eu sei, que a liberdade é uma coisa que se vai tornando cada vez melhor, à medida que o tempo corre, à medida que crescemos para fora do alcance da família. E que só pode ser aceite, não contestada nem recusada. Porque o que já foi, não volta. O que já sentimos, não podemos voltar a sentir da mesma maneira. Não na primeira pessoa, mas sim como um breve espectador que paira pelo passado, que percorre uma fita de negativos que já mal se vêem. Mas e o futuro? É por nossa conta, e isso não me deixa a ansiar por liberdade nenhuma.
terça-feira, 24 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Dormir oito horas por noite?
Fica para amanhã. Que hoje, a minha secretária, os exercícios de Química e o café estão à minha espera para uma directa animada. O mais estranho disto tudo? Estou entusiasmada com a matéria. O pior? Ter de acordar às sete da manhã, enfiar-me nos comboios cheios e ansiar mais um bocadinho pelo dia em que passo a sair de carro.
domingo, 22 de abril de 2012
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Dos dias cansados
Gostava de poder dizer que não tenho parado, por estar a estudar desenfreadamente. Mas não. Nos últimos três dias, guardei as horas só para os trabalhos leves, descansar a cabeça e para me ocupar de outros mundos - mesmo que alguns me cansem mais que dormir sobre as minhas montanhas de apontamentos. Só que este fim-de-semana, muita coisa vai ter de mudar. A semana que vem, apesar do feriado (tão bom) que aparece pelo meio, promete ser animadíssima: um teste da minha cadeira preferida, uma dissertação sobre temas que não passam pela cabeça de ninguém e três exercícios de avaliação para aquilo a que prefiro chamar "monte de contas e nomes de compostos sobre os quais não percebo nada". Todos os dias me apetece desistir disto. Para quê? Para que é que vou estar a fazer cadeiras que nem vou precisar? Porque é que não as anulo logo todas e fico só a memorizar as matérias que mais adoro? É simples, e todos os dias me relembro deste dogma: porque aprendi que as coisas nem sempre correm tal e qual como queremos e, que um dia, todos aqueles sítios em que depositámos as esperanças nos podem falhar, voltando tudo ao zero. Eu não quero voltar à fase do princípio. Já que estou aqui, vamos lá fazer isto: estudar as poucas coisas que me inspiram, não desistir dos temas aos quais torço sempre o nariz e dedicar mais umas horinhas às contas intermináveis que tanto odeio.Até estar mais que cansada, estafada, de cabeça cheia e sem conseguir fazer com que o mais pequeno número lá entre. Tentar.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
[Ainda só passaram duas semanas]
Parece que o dia mais aterrador de sempre já foi há meses, anos, séculos. Mas ainda só passaram duas semanas. Duas meras semanas. Parece que a vida andou tanto para a frente, que me tenho perdido em cada esquina. Não para admirar o que vejo, que se tornou tudo feio, mas para me sentir um bocadinho mais vazia. O coração um bocadinho mais esburacado. Um lugar muito pouco preenchido. Para perceber, mais uma vez e ao ouvir o nome que nunca quis ouvir, que a minha asa de protecção voou para outro lugar. Longe, muito longe. Parece que carregaram no acelerador e nunca mais pararam, que desde aquele dia vejo o mundo à roda. Como se tudo girasse sem mim, como se eu não soubesse mais como me manter de pé à superfície, como se não tivesse mais a capacidade de acompanhar o ritmo apressado das coisas. Mas ainda só passaram duas semanas. E as desilusões não parecem acabar ou encontrar um poço e enfiarem-se lá dentro - porque só me atormentam cada dia mais, com um martelo maior e cheias de força, na minha pequena cabeça. Ora estou bem de dia, ora hiberno à noite. Escureço sozinha, para que ninguém descubra a pessoa fraca que sou agora. Que não consegue deitar uma lágrima ao sol, mas que depois tem um mar nos olhos. Que não tem vontade de nada, de ninguém. Às vezes até tento - muito - não pensar em nada. Ter a cabeça em branco, sentir-me um robô que não põe nada de si nas coisas. Usar o cérebro para estudar que nem uma louca, não ter tempo para nada, faltar-me o amor e os abraços - e eu não dizer a ninguém. Porque por esta altura, era suposto ser mais fácil. Mais fácil não, que só se torna menos difícil. Ter mais saudades, mas ser menos difícil. Mas ainda só passaram duas semanas. E eu sei que estou no caminho certo para aceitar que nunca mais vou ser igual, nunca mais vou ser a mesma. O que nunca me há de entrar na cabeça, neste cérebro a funcionar em modo automático, é que nunca mais possa ver quem eu tanto quero. Um dia, eu vou ver. Enquanto isso, só tenho tentado salvar a minha cabeça da água em que ela insiste em mergulhar. E pensar: mas se ainda só passaram duas semanas e eu já tenho este mundo de saudades, o que é que acontece à medida que o tempo avança?
quarta-feira, 18 de abril de 2012
segunda-feira, 16 de abril de 2012
sábado, 14 de abril de 2012
Every little kid knows the words to the song: "The foot bones connected to the leg bone. The leg bones connected to the knee bone". In med school, you learn it’s a little more complicated than that but still the song's not wrong. Everything is connected and if you take one piece out, the rest just falls apart.
The human body is made up of systems that keep it alive. There’s the one that keeps you breathing and the one that keeps you standing. The one that makes you hungry and the one that makes you happy. They’re all connected. Take a piece out and everything else falls apart. And it’s only when our support systems look like they might fail us that we realize how much we depended on them all along.
Grey's Anatomy
sexta-feira, 13 de abril de 2012
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Domingo foi o pior dia da minha vida. Vai ser durante meses, anos, décadas. Não acredito que exista alguma dor, alguma coisa, para lá do buraco gigante que tenho dentro de mim. A minha avó foi-se embora. Nunca mais vou poder viver no mesmo mundo que ela, dar-lhe a mão, olhá-la nos olhos. Nunca mais. Apanhou-me desprevenida, tiraram-me os tapetes debaixo dos pés quando eu nada tinha para me agarrar. Assim que olhei para o telemóvel, ouvi a voz da minha mãe e me apercebi, eu soube que, a partir daquele dia, a minha vida nunca mais ia ser a mesma. Ia ser pior, cheia de choros em pânico a meio da noite à procura dela. À espera que ela me ligasse para eu ir lá almoçar todos os dias, ver o nome dela no visor do telefone, esperar que ela perguntasse à sua menina querida se não vinha lanchar os bolos que ela comprava, com tanto amor, mesmo quando quase não conseguia andar. E eu não quero viver neste mundo. Não quero viver num mundo em que não possa abraçá-la a toda a hora, levar-lhe mimos, dizer-lhe que ela era a melhor avó do mundo. Chorar com ela os meus problemas, ouvir as histórias que ela tinha sempre para me contar, ver os seus olhos a brilhar quando me via ou sentir o cheiro reconfortante do peito dela. Eu sei, que aproveitei cada minuto, não me importava de viver menos os meus dias, a minha vida de adolescente, só para poder chegar-lhe e dar-lhe todos os abraços fortes, todos os beijinhos, todas as palavras. Eu trocava tudo para poder vê-la sorrir. A primeira pessoa a quem eu queria contar as minhas notas nunca mais vai fazer a maior festa de orgulho da sua menina. Desde que ela ficou sem o meu avô, o seu amor desde os onze anos, que eu nunca a larguei. Apesar do seu mau génio, da sua teimosia, das manias de velhinha. Eu estive sempre lá. Talvez agora perceba porque é que fui parar a tantos blogues, porque é que me apareciam à frente textos e frases que me mandavam aproveitar cada segundo com aqueles de quem gostamos tanto. Eu aproveitei. Dei-lhe todos os abraços, mimos, beijos, bolos, flores, passeios. Dei-lhe a mão. Tomei conta dela quando antes era ela que tomava conta de mim. É a pessoa que conhecia melhor, desde sempre, muito melhor que a mim própria. E pensar que nunca mais vou ouvi-la, vê-la, conviver com ela é surreal. Não existe vida sem ela, simplesmente não existe. Apesar de saber que estava a sofrer muito, nunca vou perdoar a quem não me avisou de que tinha piorado de repente. Apesar de ter ficado com uma última imagem dela saudável e a rir-se, não vou perdoar a quem me roubou os momentos do fim. Dar-lhe a mão, com o meu irmão, fazer-lhe festinhas e dizer que foi a melhor avó que se podia ter. Que me fazia sentir a melhor pessoa do mundo, que era tão boa que me escrevia poemas para os anos antes de ir para o hospital, doente e fraquinha. E por muito que me tentem convencer que ela está melhor agora, que já não está a sofrer, que vai estar para sempre comigo, não consigo acalmar a angústia que cresceu dentro de mim em dois dias apenas. Porquê ela? Porquê uma pessoa tão boa, tão serena, tão humilde e disposta a ajudar os outros? Porquê? Porque é que me foi roubada assim? Dizem que o tempo vai sarando tudo, mas não acredito que alguma vez na minha vida vá ultrapassar isto. Nunca me vou esquecer, de nada. E tal como ela relembrava o meu avô, com lágrimas a transbordar-lhe dos olhos, nunca vou conseguir falar dela sem me emocionar. Sem sentir este buraco a aumentar cada vez mais, a tornar-se negro e a consumir-me. A fazer-me querer trocar tudo o que já fiz por mais um dia, só mais um. Não sei lidar com isto, ninguém sabe, e por muito que tenha aproveitado os momentos com ela, por muito que soubesse que ela um dia tinha de ir, nunca se está realmente à espera disto. De ter que lidar com todas as pessoas que a conheciam, também chorosas e perdidas, e reparar que conseguiu juntar tanta gente, que a amava, que a admirava, que a idolatrava tal como eu. Vai-me custar muito, não lhe poder ligar, não ser capaz de ir a casa dela sem sentir um aperto gigante de saudades dos seus abraços, da maneira como me recebia, de como tratava de mim quando eu precisava. Quero voltar para casa, ser pequena, ter tudo o que tinha antes. Porque é que a vida tem de andar tão depressa? Quero sair deste comboio que se move tão rápido, quero sentir tudo outra vez. Mas não posso. E saber isso deixa-me de rastos. Porque ninguém pode parar o que quer que seja, e por muito que aproveitemos, nunca vai chegar. Queremos sempre mais: mais uma hora, um minuto, um beijinho, um abraço apertado, uma palavra. Aproveitem bem enquanto têm alguém como eu a tinha a ela. Dêem-lhes abraços, afaguem-nos com mimos, façam de tudo para os ver felizes. Se tiverem de comer a comida que mais odeiam, vestir a roupa mais horrível do mundo ou adormecer com alguém que fala sozinho sem refilar, façam-no. Ponham tudo de vocês nas vossas acções, sejam verdadeiros. Não deixem que o comboio só vos permita pairar e olhar para o que está lá fora. Saltem pelas janelas, tragam com vocês quem mais amam, sujeitem-nos à rapidez e a efemeridade da vida - eles não se vão importar, juro, mas tragam-nos. Porque, e como diz na música que não me sai da cabeça há dois dias, honestamente, ninguém nunca vai conseguir parar o comboio. Cabe-vos a vocês, a nós, fazer de tudo para que nunca nos arrependamos de nada. Não esperar para visitar ninguém, não acreditar que acontece aos outros e que a nós não. Não deixar nada para amanhã, nem esperar que tenham a carta quando podem andar até às coisas, não aceitar que não possamos ver a pessoa que mais queremos porque a hora das visitas acabou. Peçam os desejos, mas concretizem-nos. Porque não há nada pior, nada para lá, do que estou a sentir agora.
sábado, 7 de abril de 2012
pois que
este ano, em vez de me ir ali colar ao sofá a comer os Milka que tanto adoro, ou a devorar os ovos (sim, nunca é só um a assombrar-me) que se vão depositando na mesa da cozinha, vou ser eu a fazer a entrada do jantar. depois de uma passagem rápida pelo supermercado, trouxe comigo justamente o que precisava: tomates, queijo mozzarella (tão bom!), umas folhas de manjericão, azeite aromático e tomilho. a combinação perfeita, leve e deliciosa para começar um bom jantar, já para não falar do quanto eu adoro cozinhar. quanto aos chocolates, o que é que lhes vai acontecer? bom, os Milka já se sabe que não se podem estragar (vou ter de os comer a ver um filme qualquer), mas quanto aos ovos, vou dá-los à J., que sei muito bem que não lhes vai resistir - não tanto como eu. boa páscoa!
sexta-feira, 6 de abril de 2012
e por falar em séries
o que é que se passa com todas as que vejo? é com cada desastre nas histórias das personagens, que só visto. uns ficam doentes, os outros são traídos, há os que perdem a casa, os que morrem... enfim. e um bocadinho de optimismo nos enredos, não? é que daqui a pouco estou sem lágrimas, de tanto chorar. com o batalhão de séries que tenho sempre para ver, nunca dá para ficar só triste por uma.
a verdade
é que ontem não corri uma hora. nem meia. nem quinze minutos. nada. armei-me em preguiçosa, escondi-me do computador para não me sentir uma lontra a ler o que tinha escrito (ai estas promessas) e deixei-me ficar, a ver as séries que tenho deixado para trás, a organizar o fim-de-semana e a planear outra corrida para hoje de manhã. mas foi só mesmo isso - planear - porque a corrida ficou esquecida nas três horas a mais que dormi (soube tão bem). para não estar com coisas, resolvi deixar os planos para a semana que vem, que na rotina dou-me muito melhor com promessas. se logo me der na cabeça e se a vontade vier, saímos - eu e a minha música de fim-de-semana - pela rua fora (duvido muito, a ver vamos). enquanto estes dilemas se atacam uns aos outros na minha cabeça, vou aproveitando este sábado antecipado - arrumando os ficheiros perdidos do computador, mudando um bocadinho o visual dele (farta deste estou eu), abrindo tudo o que é janelas para deixar o ar entrar e fazendo uma pequena lista com as próximas ideias a aplicar na decoração: os cortinados novos, a colcha linda que vi há duas semanas, as prateleiras gigantes para as máquinas fotográficas, as molduras vintage em preto e branco - tudo como eu gosto, claro. que assim, os estudos passam-se muito melhor, as leituras de meia-noite sabem mais à realidade e tudo corre às mil maravilhas. [bom fim-de-semana]
quinta-feira, 5 de abril de 2012
um dia
[vou colar isto na porta do meu quarto] |
quarta-feira, 4 de abril de 2012
segunda-feira, 2 de abril de 2012
para começar bem a semana
deixo aqui uma ideia muito engraçada, a meu ver (que sou uma preguiçosa), para o pequeno-almoço, destinada a quem não pode passar muito tempo na cozinha mas que gosta de ter sempre bolos acabados de sair do forno na mesa. não resisti e pedi logo à minha avó para me comprar uns quantos, e quem sabe no próximo Natal (já ando a pensar muito à frente) faça eu mesma uns quantos destes para oferecer às minhas cozinheiras preferidas.
domingo, 1 de abril de 2012
este foi dos bons
a verdade é que o fim-de-semana, para além de bom, passou a correr. entre outlets com oportunidades imperdíveis (como é o caso dos meus novos - e sem direito a quedas - ténis de corrida, daqueles especiais para tonificar, ou pelo menos ver se resulta); horas de condução clandestina que correram às mil maravilhas e que não me podiam ter deixado mais confiante (o novo sítio também ajudou); mil e uma ideias para concretizar em pulseiras e acessórios giros, giros; visitas-relâmpago a uma (das duas) avós mais lindas do mundo, que está melhor (só isso pôs-me o maior sorriso na cara); o estudo com muito rendimento para Anatomia e conversas que só têm de resolver e arranjar corações, não sei o que escolher para dizer que este foi um dos fins-de-semana mais produtivos de sempre. e há muito tempo que não me sentia assim, com (quase) tudo a correr (tão) bem.
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