sábado, 24 de maio de 2014

Crónicas

Disseste-me que não estavas loucamente apaixonado, mas que era isso que querias sentir. Estar cheio de borboletas no estômago e precisar de mim como quem precisa de ar. Acho que esse tempo já passou. Um ano a fazer-me cafés, cigarros e a passares a mão pela minha pele fria. Eu gosto muito de ti, sem saber porquê, como, quando... mas gosto. Apesar de me faltares com tudo, de me dares a metade, de seres aluado como só tu sabes. Não sei o que me faz ficar desta vez, quando já perdi a conta dos dias em que já me fui embora da tua vida. Se calhar foi esse o problema - eu e a minha mania de me guardar, de me proteger, de me salvar de uma coisa que não tem salvação. Porque agora, se te fores embora, posso conseguir viver bem sem ti. Só que no fim de contas, acabei de esbarrar com aquilo que eu tanto temia, com aquilo de que tantas vezes fugi. É que posso não estar loucamente apaixonada... a diferença desta vez é que me enganei no esquema. E fiquei.

1 comentário:

C disse...

Às vezes a calmaria de uma relação em que não estamos loucamente apaixonadas é bom, mas torna-se mau quando nos resignamos e esquecemos o quão melhor é estar numa relação loucamente apaixonada!