quinta-feira, 30 de setembro de 2010

day one

"People think a soul mate is your perfect fit, and that's what everyone wants. But a true soul mate is a mirror, the person who shows you everything that is holding you back, the person who brings you to your own attention so you can change your life. A true soul mate is probably the most important person you'll ever meet, because they tear down your walls and smack you awake. But to live with a soul mate forever? Nah. Too painful. Soul mates, they come into your life just to reveal another layer of yourself to you, and then leave. A soul mates purpose is to shake you up, tear apart your ego a little bit, show you your obstacles and addictions, break your heart open so new light can get in, make you so desperate and out of control that you have to transform your life, then introduce you to your spiritual master..."
Eat, Pray, Love

domingo, 19 de setembro de 2010

tão pouco

já limpei as nossas fotografias do computador e do meu quarto, já pintei por cima da tua cara nas imagens que colei aos meus cadernos. e eu sabia que jamais as devia ter colado, não ali, nem em lado nenhum. também já rasguei todos os dias vinte e seis da minha agenda, assim como todo o seu conteúdo. já escondi a caixa onde jazem todas as nossas recordações. os bilhetes e as cartas. não sei bem como me hei de desfazer dos desenhos que fizeste à minha família, mas posso viver com isso, até. falta-me a coragem e a ansiedade para tirar os quadros da minha parede. porque vão fazer perguntas. às quais eu não vou saber o que responder. perguntas difíceis, que não quero ouvir. nem sentir, nem saber o que dizer. penso nas respostas e faço desfeitas à minha avó, tentando sempre que ela não perceba porque é que não vais lá almoçar. nunca mais. tento saber o que fazer aos presentes, aos desenhos e às memórias. que não cabem em si de contentes, agora que lhes dou tanto uso. acho que ainda não me mentalizei de (quase) nada. mas também ainda não estou pronta para chorar. ainda.

das mexicanas

visto que a novela da minha vida acabou, comecei a ver uma na televisão.

sábado, 18 de setembro de 2010

death and all his friends

é verdade que tenho imensas saudades de te ouvir falar comigo, e de saber ler as tuas palavras, que tão bem me enfeitiçaram. oh, como eu gosto de olhar para os teus lábios quando me falas. porém, nada me deixa dizer-to directamente, e enxergar a mesma boca que me falou do fim.

breve pergunta

porque é que quando começo a aula, o step começa como na primeira imagem, e acaba a revirar-se todo como na segunda?

hoje...

a minha casa tem dois novos habitantes.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

correction

For most people, the hospital is a scary place. A hostile place. A place where bad things happen. Most people would prefer church, or school, or home, but I grew up here. While my mom was on rounds, I learned to read in the OR gallery, I played in the morgue, I coloured with crayons on old ER charts. Hospital was my church, my school, my home; hospital was my safe place, my sanctuary. I love it here. Correction: loved it here.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

it's over

Adrianna: Do you know how many other girls there are just like me?
Navid: I do. Zero.

to forgive

somos duas crianças e tu nunca aprendeste a perdoar. prometeste-me mundos e fundos. deste-te à ousadia de me fazer acreditar que eram essas tuas características difíceis e singulares que nunca te iriam atraiçoar e tornar-te num homem comum, sem nenhum retalho diferente dos outros. daqueles que têm segredos e que não dão a mão à palmatória. dos soldados que fogem quando a guerra começa. mas as ilusões parecem nunca acabar e eu estou, sinceramente, muito cansada de tentar ver ouro onde só existem jóias falsas.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

today


Tell me what you want to hear
Something that'll like those ears
Sick of all the insincere
So I'm gonna give all my secrets away

This time
Don't need another perfect lie
Don't care if critics never jumped in line
I'm gonna give all my secrets away

Secrets - One Republic

sábado, 11 de setembro de 2010

de equipamentos


hoje foi um dia deveras produtivo. acordei a pensar que ia ficar a apanhar moscas em casa, e já estava a preparar-me para a companhia do sofá, mas acabei a renovar o meu quarto e a finalizar o dia com um belo jogo de ténis. só me arrependo de não ter comprado aquelas raquetes para milionários, se calhar assim não tinha de correr tanto. não?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

hoje...


...foi o último dia de areia, de mar, de óleo bronzeador, de cabelo molhado, de sacudir a toalha, de entrar na água gelada, de lanchinhos à beira da água, de saber a sal, de escaldões, de biquínis, de marcas brancas, de bronze, de brisas quentes, de pulseiras no pé, de levar com ondas, de dormir debaixo do sol. pois foi o meu último dia de praia.

manipulation

i don't know me anymore. not anymore.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

pontos fracos


estou farta de ver as minhas unhas estragadas, das vezes que me tiras do sério. de não ter inspiração, porque me ocupas a cabeça toda - e não é da melhor maneira. não me percebo, não te percebo e não percebo mais o que é perceber. porque me tiraste a capacidade de raciocínar e também o coração. e já falei das unhas? não, isto não é de qualquer maneira um texto de circunstância nem é certo que as unhas me façam falta, quando ao pé de ti qualquer coisa é insignificante no que toca a prioridades. nada é mais prioritário que tu. isto é só uma forma que tenho de te conseguir explicar que me estás a consumir. por fora e por dentro. é como se me usasses. transformasses. é como um carro ao qual se tira o combustível. só que tu esqueces-te de parar na bomba de gasolina. e eu estou um bocado enfadada de ser esquecida e arrumada a um canto. de ser só eu a pegar no balde dos legos e a tentar empoleirá-los uns nos outros, acreditando que um dia iremos ter uma torre. daquelas como devem ser, cujos andares equivalem aos anos que estamos juntos. e quando estou prestes a acabar, chegas tu, com o teu mau-feitio e ódio, um em cada mão, e deitas abaixo o que tanto trabalho me deu a construir. e se há coisa que aprendi com isto, é a deixar de achar os legos pesados. a voltar a reuni-los nas minhas mãos e a começar tudo de novo, sem deixar nada de parte. mas o ciclo repete-se e tu voltas a balançar a torre e a deitá-la por terra. e aos meus sentimentos. sabes, eu até podia ficar uma vida inteira a construir todas as nossas torres, até que elas formassem um bonito condomínio que rasga céus - porque me ia sentir feliz. o único problema, é que mal tenho tempo de pegar numa peça, que tu - e os teus trinta mil e seiscentos sentimentos maus - passam e derrubam até a torre mais invísivel. e eu não consigo ficar a ver-te destronar o meu império que tantas vezes nem consegue ter bases, porque tu não deixas. só vês o que queres e mesmo se quisesses ver algumas coisas, já estás cego demais para voltar atrás. e se eu tentei trazer-te de volta para o nosso trilho e abrir-te de novo os olhos. os mesmos olhos que um dia se riram para mim, como que me dizendo que nada de mau ia acontecer. e eu nunca senti que os teus olhos fossem mentirosos. até ao dia.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

extreme

barato, bonito, bastaaaante durador. o único que fica mais de três dias nas minhas unhas.

imprescindível


hoje acordei a ver um documentário sobre prisioneiros nas filipinas. uma mulher e o marido ficaram reféns no meio da selva, com um bando de terroristas, durante um ano. e passaram horrores. e viram os restantes morrer sem saber como iam acabar. e quando finalmente alguém lhes paga o resgate, o marido morre. e é nestas alturas que eu penso: como é que a mulher ultrapassou tudo aquilo, e ainda está aqui para contar? e é também aqui que eu acho cada vez mais impossível viver sem a pessoa que amamos, tendo ela existido.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

folhas brancas


é hora de limpar o lixo que se tem vindo a acumular dos anos passados, de arrumar os livros velhos nas caixas às flores debaixo da cama. é tempo de ganhar balanço e entrar na correria dos supermercados à procura de material novo. esperar pelos livros, cheirar as folhas dos cadernos novos e alinhar as canetas no estojo. endireitar a secretária e desobstruir tudo o que se foi acumulando sobre ela nas férias, quando ninguém por lá se debruçava. afiando os lápis e aperaltando os cadernos com recortes e fotografias bonitnhas, lá vai passando na memória a lembrança de um verão curto que não durou mais do que devia. e chega o dia de arrumar as séries e os filmes, fazer festinhas ao sofá para que de nós não sinta saudades e desocupar a cabeça para que espaço não falte. começando a cheirar as lojas com colecções novas e abanar a cabeça a pessoas que hoje se vestiam de lã, por um dia de chuva-molha-tolos, e pensar: há coisa mais ridícula do que o regresso às aulas? mas que não deixa de ser emocionante, lá isso não deixa.

o resto pode esperar


com um dia destes e com as férias a acabar só apetece ficar a vegetar no sofá a fazer companhia aos dvd's e à comida super calórica - para a semana, adeus aos lanchinhos, olá ginásio e resmas de livros. mas quanto a hoje, acho que a criatividade e a dieta podem esperar, não?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

nature

flores de setembro, que começou na paz do campo alentejano.